O Bitcoin (BTC) recuou nesta sexta-feira (1º) para US$ 114.322 na corretora Bitstamp, valor mais baixo das últimas três semanas. O movimento completou, “dólar por dólar”, um vazio de preço (gap) deixado em julho nos contratos futuros de Bitcoin negociados pela CME Group.
Com a lacuna do mercado futuro agora preenchida, participantes monitoram possíveis direções. O investidor Ted Pillows afirmou na rede X esperar “um bom movimento de alta” a partir daqui. Já o analista Cipher X alertou que, sem a recuperação de US$ 116 mil, o ativo pode recuar até US$ 104 mil. Outro trader conhecido como Crypto Candy apontou a região entre US$ 115.000 e US$ 116.700 como decisiva no fechamento diário; se o patamar não se mantiver, ele projeta queda até US$ 111,8 mil antes de uma nova tentativa de recorde histórico.
O declínio do BTC coincidiu com a imposição de amplas tarifas comerciais pela administração de Donald Trump, medida que deteriorou o humor dos mercados. Enquanto isso, futuros do S&P 500 registravam baixa de apenas 0,4% antes da abertura de Wall Street.
A publicação especializada The Kobeissi Letter avaliou que os investidores já se acostumaram a “surpresas” da guerra comercial. Segundo a análise, quatro meses atrás as mesmas tarifas poderiam ter derrubado o índice em até 3%.
Imagem: Trader Iniciante 2 (9)
No dia anterior, o S&P 500 havia renovado máxima histórica impulsionado por balanços corporativos acima das estimativas, mesmo com o índice de gastos com consumo (PCE) – indicador de inflação preferido do Federal Reserve – superando previsões. Nesta semana, o presidente do Fed, Jerome Powell, manteve as taxas de juros inalteradas e adotou tom considerado duro, levando o mercado a descartar cortes em 2025, o que representa obstáculo adicional para ativos de risco como o Bitcoin.
Com informações de Cointelegraph