Bitcoin rompe VWAP e volta a testar US$ 118 mil após corte de juros nos EUA

O Bitcoin (BTC) voltou a se aproximar de US$ 118.000 na manhã desta quinta-feira, 18 de setembro de 2025, durante a abertura de Wall Street, depois de ultrapassar sua média de preço ponderada por volume (VWAP) calculada a partir da máxima histórica. O movimento repete o rali observado em maio, logo após a criptomoeda ter recuperado o patamar de US$ 75.000 em abril.

Mercado acionário renova recordes

Os ganhos diários do BTC ocorreram na primeira sessão norte-americana após o Federal Reserve anunciar o primeiro corte de juros de 2025. No mesmo pregão, o S&P 500 e o Nasdaq Composite atingiram novas máximas históricas.

Em análise publicada na rede X, o boletim The Kobeissi Letter lembrou que 2025 é o terceiro ano, desde 1996, em que a redução da taxa básica acontece com o S&P 500 perto dos picos. Nas ocasiões anteriores, 2019 e 2024, o índice subiu em média 14 % nos 12 meses seguintes.

Investidores buscam consolidar US$ 117 mil como suporte

Com o Bitcoin tentando transformar US$ 117.000 em piso, operadores enxergam a faixa de US$ 120.000 como a última barreira antes de uma nova descoberta de preços. O analista conhecido como Crypto Caesar afirmou que, caso o nível seja firmemente recuperado, o caminho até US$ 120.000 “fica aberto”; porém, alertou que uma rejeição semelhante à de movimentos anteriores poderia levar o preço de volta à zona de suporte inferior.

O ouro, por sua vez, mostrou volatilidade após ter renovado recorde na véspera, com US$ 3.700 como referência no curto prazo.

Padrão de maio volta ao radar

Para Caleb Franzen, fundador da Cubic Analytics, o BTC repete o comportamento visto em maio ao ultrapassar o VWAP ancorado na máxima histórica. “Coisas boas aconteceram sempre que o Bitcoin superou essa métrica”, escreveu o pesquisador, divulgando gráfico que destaca o rompimento.

Imagem: Trader Iniciante 2 (16)

Liquidez sugere possíveis oscilações

Análise do livro de ordens feita pela plataforma Material Indicators aponta acúmulo de liquidez em torno do preço atual, o que pode provocar movimentos bruscos no curto prazo. Segundo o serviço, faixas entre US$ 116.500 e US$ 119.000 concentram grandes ordens, indicando que a volatilidade pode aumentar.

“Embora o cenário macro pareça claramente altista e o topo ainda não tenha sido alcançado, o momento se assemelha mais a um ‘exit pump’ de curto prazo do que a uma fase de acumulação”, destacou a empresa em nota.

Este texto não constitui recomendação de investimento. Toda operação em mercados financeiros envolve riscos, e o leitor deve conduzir sua própria pesquisa antes de investir.