O Bitcoin (BTC) atingiu nesta quinta-feira, 25 de setembro de 2025, o piso mensal de US$ 108 mil, de acordo com dados da Coingecko. Com a queda de 4% registrada no dia, a criptomoeda acumula perda aproximada de 2% em setembro, mantendo a tradição de resultados negativos neste período do ano.
Para Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, parte da desvalorização está relacionada à redução dos aportes em exchange-traded funds (ETFs) de criptoativos nos Estados Unidos. “Em setembro, os ETFs de Bitcoin apresentaram forte volatilidade nos fluxos de capital”, observa.
Segundo a especialista, a primeira metade do mês foi marcada por entradas robustas — que chegaram a ultrapassar US$ 1,3 bilhão em um único dia — impulsionando o preço do ativo. Na segunda metade, entretanto, predominou a saída de recursos, com destaque para 22 de setembro, quando o fluxo líquido negativo superou US$ 360 milhões, sinalizando realização de lucros e maior cautela dos investidores.
Uska acrescenta que a queda aciona liquidações automáticas de contratos alavancados, o que amplia a pressão vendedora e cria um efeito em cadeia. Ela lembra que o mercado de futuros perpétuos, que negocia derivativos sem data de vencimento, hoje movimenta mais dinheiro que o mercado à vista, tornando-se decisivo para as oscilações diárias do Bitcoin.
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Entre as principais altcoins, o sinal também é negativo. O Ethereum (ETH) já recua 14% no mês, XRP perde 10% e Solana (SOL) tem queda de 1%.