Bitcoin renova mínima de 15 semanas abaixo de US$ 105 mil em meio a nova pressão sobre bancos regionais dos EUA

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São Paulo, sexta-feira – O Bitcoin (BTC) recuou nesta sexta-feira para menos de US$ 105.000, atingindo o nível mais baixo em 15 semanas, enquanto a queda acentuada de ações de bancos regionais dos Estados Unidos reacendeu temores semelhantes aos de março de 2023.

Pressão de mercado leva BTC a romper suporte recente

Dados do Cointelegraph Markets Pro e do TradingView mostram que o par BTC/USD caiu abaixo de US$ 106.000 pela primeira vez desde junho, chegando a tocar US$ 102.000 na Binance. A movimentação ocorreu após a desvalorização de papéis bancários regionais norte-americanos, repetindo o cenário visto há pouco mais de dois anos, quando o setor sofreu um colapso momentâneo.

À época, o episódio resultou em um “flash crash” das criptomoedas, com o Bitcoin chegando a ser negociado abaixo de US$ 20.000 antes de se recuperar rapidamente. “Em março de 2023, as ações de bancos regionais despencaram, a crise foi contida, mas nada mudou de fato”, lembrou o perfil The Kobeissi Letter na rede X.

Analistas temem perda do suporte em US$ 100 mil

Operadores acompanham de perto o nível de US$ 100.000, considerado suporte-chave. Para o trader que assina como Borg, se a criptomoeda perder essa faixa, o próximo alvo pode ser US$ 98.000.

Outro analista, conhecido como SuperBro, observa que o movimento atual tenta “preencher” o pavio do candle diário da semana passada, que alcançou US$ 102.000 em meio a tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Caso o preço não se estabilize, há risco de aproximação da média móvel de 50 semanas.

Nas últimas horas, o Bitcoin rompeu a média móvel de 200 dias pela primeira vez em mais de seis meses. “O nível de US$ 108.000 foi perdido, e praticamente não há suporte até a zona de US$ 101.000–US$ 102.000”, avaliou o investidor Ted Pillows. Segundo ele, apenas a reconquista de US$ 110.000 poderia sinalizar um repique.

Imagem: Trader Iniciante 2 (11)

Ouro renova recorde e volta ao centro do debate

A turbulência bancária também respingou no ouro, que, apesar de registrar novo recorde intradiário, perdeu força rumo ao fechamento diário. O metal precioso tem sido o principal vencedor do momento, reforçando o debate entre defensores de ativos tradicionais e de criptoativos.

O economista Peter Schiff, presidente da Europac e conhecido crítico do Bitcoin, afirmou que o ouro “tem mais chances de chegar a US$ 1 milhão por onça” antes de a criptomoeda atingir essa marca. Para ele, trata-se não apenas de uma “troca de desdolarização”, mas também de uma “de-bitcoinização”, sustentando que o BTC falhou como alternativa ao dólar ou como ouro digital.

Em sentido oposto, o trader Jelle sugeriu que lucros obtidos com o ouro podem migrar para o Bitcoin, baseando-se em ciclos anteriores de alternância de liderança entre os dois ativos.

Este texto não contém recomendações de investimento. Todas as operações envolvem riscos e cada investidor deve conduzir sua própria pesquisa.