Entidades que possuem entre 100 e 1.000 bitcoins – conhecidas no mercado como “sharks” – intensificaram as compras da criptomoeda na última semana, alcançando o maior ritmo de acumulação em 13 anos, segundo dados da Glassnode.
Entre 1.º e 7 de abril, esse grupo elevou seu saldo conjunto de 3,521 milhões para 3,575 milhões de BTC, absorvendo 54.000 unidades vendidas por detentores menores. O movimento ocorre enquanto o preço do Bitcoin recua 30% em relação ao recorde de US$ 126.200 e se mantém pouco acima do suporte de US$ 85.000, alimentando temores de correção para a região de US$ 70.000.
O último período com velocidade semelhante de compra foi em 2012. Naquele ano, uma onda de acumulação antecedeu a valorização de aproximadamente 900% que levou a criptomoeda de cerca de US$ 10 para mais de US$ 100 em doze meses. Um padrão parecido havia sido observado em 2011, quando a aquisição agressiva por carteiras médias sucedeu a alta de 350% que impulsionou o preço de menos de US$ 3 para acima de US$ 14.
Apesar do reforço por parte dos “sharks”, baleias que detêm mais de 10.000 bitcoins vêm reduzindo posições há cerca de dois meses, fato que ajuda a conter possíveis altas. A Glassnode mostra que essa distribuição de moedas coincide com o aumento das compras institucionais na Coinbase, descrito pela Capriole Investments como “sem precedentes”, com Z-score de 15,7.
Para o fundador da Capriole, Charles Edwards, a valorização do ativo deve permanecer limitada enquanto perdurar a forte saída de moedas antigas, identificada pelo indicador Hodler Growth Rate no percentil 0,6 – um dos níveis mais baixos dos últimos anos.
Imagem: cointelegraph.com
O veterano do mercado Peter Brandt também chama atenção para o rompimento da linha de suporte parabólico do Bitcoin. Em ciclos anteriores, quebras semelhantes resultaram em quedas próximas de 80%, o que colocaria o preço potencialmente na faixa de US$ 25.000 caso o padrão se repita.
Este texto não constitui recomendação de investimento. Todas as operações envolvendo criptoativos envolvem riscos, e a decisão final cabe ao investidor.