A Bosch anunciou nesta quinta-feira (25) que cortará cerca de 13 mil empregos em sua divisão de mobilidade até 2030, medida que atinge principalmente fábricas na Alemanha.
A companhia atribui a decisão à concorrência crescente, à demanda estagnada no mercado automobilístico europeu e a um déficit anual de aproximadamente € 2,5 bilhões na área de autopeças.
No fim de 2024, a Bosch empregava 417,9 mil pessoas em todo o mundo; os cortes representam pouco mais de 3% desse total. A empresa já eliminou milhares de posições nos últimos anos, mas afirma que novas reduções são necessárias para restaurar a competitividade.
As demissões se concentram na região de Stuttgart, berço da Bosch:
Fabricantes alemães enfrentam custos mais altos de energia, pressão salarial e tarifas comerciais. Ao mesmo tempo, concorrentes chineses ampliam participação com componentes mais baratos. Volkswagen e Porsche já reduziram pessoal e produção para lidar com vendas fracas na China e barreiras nos Estados Unidos.
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“Desenvolvimentos geopolíticos e barreiras comerciais criam incertezas significativas”, declarou Markus Heyn, membro do conselho responsável pela divisão de mobilidade. Segundo ele, a Bosch pretende focar em oportunidades de crescimento e preparar suas operações para o futuro.
O diretor de trabalho Stefan Grosch reforçou que a Alemanha “continua central” para o grupo, mas destacou a necessidade de ganhos de eficiência. A empresa informou ter comunicado empregados e representantes sindicais e buscará soluções socialmente responsáveis onde for possível.