Brasil aguarda posição dos EUA sobre pausa em tarifas até a próxima semana, afirma Mauro Vieira

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, declarou nesta quinta-feira (13), em Washington, que o governo brasileiro espera receber até a semana que vem a resposta dos Estados Unidos para a proposta de suspender, de imediato, as tarifas adicionais impostas a produtos nacionais.

Vieira concedeu a informação após reunir-se, pela terceira vez neste ano, com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. O encontro, realizado no Department of State, foi o primeiro naquele prédio.

Proposta brasileira

Segundo o chanceler, Brasília sugeriu um acordo provisório que prevê a interrupção das sobretaxas de 40% aplicadas exclusivamente ao Brasil. Atualmente, as mercadorias brasileiras enfrentam tributação total de 50%, somadas a essas sobretaxas a uma tarifa global fixada por Washington. A ideia é suspender a cobrança extra e, na sequência, negociar os percentuais por setor.

Vieira relatou que Rubio se comprometeu a avaliar o pedido “com toda atenção” e a dar retorno “muito proximamente, amanhã ou na próxima semana”. O secretário teria informado ainda ter comunicado o presidente Donald Trump sobre a reunião e que o mandatário manifestou interesse em solucionar o tema rapidamente para preservar a boa relação bilateral.

Temas da agenda

Além das tarifas, os representantes discutiram regras para big techs, ponto sensível para o governo norte-americano e citado por Trump como uma das razões para a adoção das taxas. A conversa ocorreu em duas etapas: uma primeira, de cerca de dez minutos, apenas entre Vieira e Rubio, e uma segunda, ampliada, com equipes técnicas dos dois lados.

Imagem: redir.folha.com.br

Outro assunto tratado foi a estratégia dos EUA de combate ao narcotráfico no Caribe, onde forças americanas intensificam ações contra embarcações que partem da Venezuela.

Em publicação nas redes sociais, Rubio afirmou ter discutido com Vieira “temas de interesse mútuo e um marco recíproco para a relação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil”.