Bridgewater liquida ações chinesas nos EUA e reforça apostas em big techs e na Vale

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São Paulo – A Bridgewater Associates, maior gestora de hedge funds do mundo, realizou uma ampla reorganização de portfólio no segundo trimestre de 2025. De acordo com o relatório 13F enviado à SEC, a gestora fundada por Ray Dalio vendeu todas as ações de empresas chinesas listadas nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que ampliou posições em gigantes de tecnologia norte-americanas e na mineradora Vale.

Saída total de papéis chineses

A liquidação envolveu cerca de 16 companhias e dois ETFs focados na China, totalizando quase US$ 1,5 bilhão. Entre as maiores vendas apareceram 5,7 milhões de ações da Alibaba, 2,8 milhões da JD.com e 2 milhões da Baidu. O movimento ocorre em meio à escalada da guerra comercial EUA-China, marcada por tarifas de importação superiores a 100% desde abril e pelo temor de um possível delisting forçado de empresas chinesas em Nova York.

Apesar da saída nos EUA, a Bridgewater mantém presença relevante no mercado chinês por meio de um fundo onshore criado em 2018, que administra cerca de 50 bilhões de yuans (US$ 6,96 bilhões).

Vale tem alta de 309% na carteira

Entre abril e junho, a participação na Vale saltou de 924,3 mil para 3,78 milhões de ADRs, crescimento de 309%. O valor de mercado da posição avançou de US$ 9,22 milhões para US$ 36,72 milhões, aproximadamente R$ 198,3 milhões.

Expansão em big techs

Os maiores reforços ocorreram em empresas de tecnologia dos Estados Unidos:

• Nvidia: aumento de 154%, para 7,23 milhões de ações (US$ 1,14 bilhão ou R$ 6,16 bilhões).
• Alphabet: avanço de 84%, para 5,6 milhões de ações (US$ 986,96 milhões ou R$ 5,33 bilhões).
• Uber: alta de 531%, para 3,73 milhões de ações (US$ 348,36 milhões ou R$ 1,88 bilhão).
• Comcast: incremento de 71%, posição avaliada em US$ 310,79 milhões (R$ 1,68 bilhão).
• Grab Holdings: crescimento de 59%, para US$ 53,22 milhões (R$ 287,4 milhões).

A Bridgewater, fundada há cerca de 50 anos, passou por mudanças na estrutura societária no mês passado, quando Ray Dalio retirou o capital remanescente que ainda detinha na gestora.

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