NOVA YORK (EUA) – O deputado estadual Zohran Mamdani, 33 anos, autodeclarado socialista democrático e pré-candidato à Prefeitura de Nova York, propôs elevar o salário mínimo na cidade para US$ 30 por hora até 2030, valor quase o dobro dos atuais US$ 16,50.
Empresários e economistas contrários à medida afirmam que a iniciativa pode estimular a automação, sobretudo em setores de serviços, com a substituição de trabalhadores de menor qualificação por quiosques de autoatendimento e tablets de pedidos.
Experiências de outros estados têm sido usadas como argumento. Na Califórnia, onde o salário mínimo subiu para US$ 16,50, o Departamento de Estatísticas do Trabalho registrou taxa de desemprego de 21,2% entre jovens de 16 a 19 anos em 2025, contra média nacional de 12,3%.
Pequenos empresários também manifestam preocupação. Uma proprietária do Colorado relatou que, embora sua empresa costume contratar adolescentes em seu primeiro emprego, seria inviável pagar “US$ 25 a um jovem que nunca trabalhou”. Segundo ela, salários mais altos podem reduzir oportunidades de aprendizado inicial.
Apesar da promessa de campanha, mudanças no piso salarial não dependem do prefeito nem do Conselho Municipal. A definição do salário mínimo em Nova York cabe ao Departamento de Trabalho do Estado.
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Especialistas do setor imobiliário acrescentam que aumentos expressivos de custos trabalhistas poderiam incentivar o fechamento de pequenas empresas e a saída de moradores da cidade.
Mamdani mantém o reajuste para US$ 30 como um dos pilares de sua plataforma eleitoral, enquanto opositores reforçam projeções de demissões e redução de vagas para trabalhadores menos experientes.