O valor realizado (realized cap) do Bitcoin aumentou mais de US$ 8 bilhões na última semana e ultrapassou US$ 1,1 trilhão, sinalizando forte entrada de recursos na maior criptomoeda do mercado. Mesmo assim, analistas alertam que a recuperação de preço permanece limitada enquanto fundos negociados em bolsa (ETFs) e a MicroStrategy não retomarem aquisições em grande escala.
Segundo Ki Young Ju, fundador e CEO da plataforma de análise CryptoQuant, o fluxo recente é atribuído principalmente a empresas que mantêm Bitcoin em tesouraria e aos ETFs. “A demanda hoje vem, em sua maior parte, de ETFs e da MicroStrategy, mas ambos reduziram o ritmo de compras. Se esses dois canais voltarem a ganhar força, o impulso de mercado deve retornar”, escreveu Ju na rede X no domingo.
Enquanto isso, mineradores ampliam operações e elevam o hashrate da rede, movimento considerado um sinal de alta de longo prazo. Entre as iniciativas recentes, a American Bitcoin — companhia ligada à família Trump — adquiriu 17.280 circuitos integrados específicos (ASICs) por cerca de US$ 314 milhões em agosto, conforme noticiado pelo Cointelegraph.
Apesar da entrada de US$ 8 bilhões, o sentimento dos investidores segue negativo desde o crash recorde de US$ 19 bilhões no início de outubro. A divulgação de um acordo comercial entre o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente chinês, Xi Jinping, no sábado, não foi suficiente para alterar o panorama.
Imagem: Trader Iniciante 2 (13)
Analistas da exchange Bitfinex afirmaram ao Cointelegraph que um novo fluxo para ETFs e uma eventual flexibilização monetária pelo Federal Reserve podem levar o Bitcoin a US$ 140 mil em novembro. O cenário-base da equipe prevê entradas de US$ 10 a US$ 15 bilhões nos fundos, impulsionadas por dois cortes de juros pelo Fed no quarto trimestre e pela sazonalidade positiva do período. Tarifa comercial e tensões geopolíticas permanecem como principais riscos, segundo os especialistas.