Copel e Direcional aparecem como as empresas mais citadas pelas corretoras na Carteira Valor de setembro. Cada uma foi indicada por quatro das 15 casas que participam do levantamento mensal.
Depois de o Ibovespa subir 6,28% em agosto e renovar recordes, analistas ampliaram ligeiramente a exposição a companhias ligadas à economia doméstica, apostando na possibilidade de queda dos juros. Mesmo assim, o portfólio manteve participação expressiva de utilities, exportadoras e bancos para reduzir riscos em um cenário ainda incerto.
Além de Copel e Direcional, estreiam ou retornam à lista os seguintes papéis:
Entre as exportadoras, Embraer e JBS permanecem. No setor de serviços essenciais, Equatorial Energia segue entre as escolhas (duas recomendações). No financeiro, Itaú e Bradesco somam três e duas indicações, respectivamente.
Em agosto, a Carteira Valor avançou 5,96%, pouco abaixo do Ibovespa. No acumulado de 2025 até agosto, a carteira sobe 7,75%, contra 7,73% do índice. Em 12 meses até julho, registra queda de 0,66%, enquanto o Ibovespa acumula alta de 3,98%.
Cada corretora indica cinco ações, totalizando 16 opções possíveis. As dez mais citadas compõem o portfólio do mês. Em caso de empate, prevalece o papel com maior volume médio negociado nos últimos 90 pregões. Não há diferenciação de peso entre os ativos, e o retorno é medido pela variação média simples.
Participam Ágora, Andbank, Ativa, Banco Daycoval, BB Investimentos, Benndorf Research, CM Capital, Genial, Monte Bravo, Nova Futura, Planner, Safra, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos. O Pagbank deixou de contribuir em junho; suas últimas recomendações, feitas em maio, continuam válidas até dezembro.
Copel – Ágora menciona fundamentos ainda subavaliados, possível migração ao Novo Mercado em 2025, participação em leilão de capacidade e revisão tarifária prevista para 2026.
Direcional – Safra aponta expansão no segmento de baixa renda, política robusta de dividendos e ações negociadas com desconto.
Itaú – Ágora vê avanço na margem financeira e projeta lucro líquido de R$ 47 bilhões em 2025, com potencial dividend yield de até 10,5%.
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Assaí – Andbank cita cenário de juros menores, inflação controlada e expectativa de redução da alavancagem no segundo semestre.
Multiplan – Ágora destaca repasse de inflação nos aluguéis, possível benefício com corte de juros e preferência de investidores estrangeiros pelo papel.
Vale – Terra Investimentos ressalta produção forte, fluxo de caixa robusto e preços do minério próximos de US$ 100 por tonelada.
Bradesco – Santander vê ROE podendo chegar a 15% em 2025 e 16,6% em 2026, além de ganhos com a queda da Selic.
Embraer – Santander projeta demanda consistente na aviação comercial e margens melhores após resultados do segundo trimestre.
Equatorial Energia – Safra aponta retorno real estimado de 11% ao ano e lucro de R$ 614 milhões no segundo trimestre, alta de 100,8% em 12 meses.
JBS – Andbank espera margens maiores com aquecimento da demanda global por carnes e vê o papel descontado na B3.
A Carteira Valor é atualizada mensalmente com base nessas recomendações e serve como referência para investidores que buscam acompanhar as preferências do mercado.