
NOVA YORK, – O presidente-executivo do Goldman Sachs, David Solomon, afirmou que os Estados Unidos precisam rever a estratégia comercial adotada nas últimas cinco décadas em relação à China, classificada por ele como “um erro”. A declaração foi feita na quinta-feira, durante entrevista ao programa “The Claman Countdown”, da FOX Business.
Solomon disse estar otimista após a reunião entre o ex-presidente americano Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping, realizada na Coreia do Sul. Para o executivo, o diálogo pode reduzir a tensão e estabelecer “regras e acordos recíprocos justos” entre as duas maiores economias do mundo, embora ele não preveja um “desacoplamento significativo” dos mercados.
O encontro ocorreu em meio a uma escalada comercial iniciada no começo de outubro, quando Pequim anunciou que passaria a controlar a exportação de ímãs de terras raras usados em veículos elétricos e caças F-35. Em resposta, Trump prometeu impor tarifa de 100% sobre produtos chineses a partir de 1.º de novembro.
Em publicação na rede Truth Social, o ex-presidente declarou que, “a partir de 1.º de novembro de 2025 (ou antes, dependendo das ações da China)”, haverá uma sobretaxa de 100% “além de qualquer tarifa já existente”.
Segundo Trump, o encontro resultou em “um grupo excepcional de decisões”, incluindo:

Imagem: Madison Colombo via foxbusiness.com
Para Solomon, a postura norte-americana de “participação irrestrita” adotada nos últimos 50 anos não garantiu equilíbrio nas relações comerciais com Pequim. “O que o governo faz agora para dar clareza em vários pontos é importante, mas precisamos chegar a um patamar em que as economias interajam de forma apropriada”, afirmou.
Antes da reunião de quinta-feira, assessores de Washington e Pequim indicaram que o debate se concentraria em tarifas, exportações de tecnologia avançada e concorrência nas cadeias de suprimentos — temas considerados centrais na relação bilateral.
Ao deixar a Coreia do Sul, Trump descreveu o encontro com Xi como “incrível” e ressaltou acreditar em “terreno comum” para futuras negociações econômicas e de segurança.






