China rejeita novas restrições dos EUA e cobra cumprimento de acordos, enquanto Tesouro americano fala em diálogo retomado

Pequim, — O governo chinês declarou nesta segunda-feira que “rejeita firmemente” as recentes restrições e sanções anunciadas pelos Estados Unidos e afirmou que adotará todas as medidas necessárias para proteger seus direitos e interesses.

Posição oficial de Pequim

Em comunicado publicado na rede social X, o Ministério das Relações Exteriores da China instou Washington a cumprir os entendimentos estabelecidos nas ligações anteriores entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping. “Ameaçar com tarifas altas não é a maneira correta de lidar com a China. Os Estados Unidos devem corrigir sua postura”, diz a nota.

Escalada da tensão

O clima se deteriorou na semana passada. Na quinta-feira, Pequim informou que ampliará os controles sobre a exportação de terras raras. Um dia depois, Trump apresentou novas contramedidas, intensificando a disputa comercial. A troca de anúncios derrubou os mercados na sexta-feira.

Visão do Tesouro dos EUA

Apesar do tom duro do comunicado chinês, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse em entrevista ao programa “Mornings with Maria”, da FOX Business, que houve “comunicações substanciais” entre Washington e Pequim ao longo do fim de semana. Ele afirmou esperar que Trump e Xi se encontrem na Coreia do Sul no fim deste mês, conforme previsto.

Imagem: Amanda Macias FOXBusiness via foxbusiness.com

Segundo Bessent, “o relacionamento, apesar do anúncio da semana passada, é bom” e “as linhas de comunicação foram reabertas”. Ele acrescentou que a tarifa de 100% anunciada pelos EUA “não precisa acontecer” e que qualquer implementação só seria considerada a partir de 1.º de novembro.

Trump já declarou anteriormente que não deseja entrar em uma guerra comercial com a China.