São Paulo, 11 dez 2025 – O Citi reduziu a recomendação de Auren (AURE3) de “compra” para “neutra” ao atualizar suas projeções para empresas de geração de energia.
Apesar do rebaixamento, o banco elevou o preço-alvo da ação de R$ 12 para R$ 13 em 12 meses, o que representa potencial de valorização de 6,5% sobre o fechamento de 10 de dezembro, a R$ 12,21.
Analistas João Pimentel e Felipe Lenza citaram valuation considerado “apertado”, maior exposição a curtailments (interrupções na produção) e nível de alavancagem mais elevado como justificativas para a mudança na recomendação.
No início do pregão desta quinta-feira (11), AURE3 chegou a recuar 2,78%, a R$ 11,87. Ao longo da sessão, os papéis viraram para alta e encerraram com ganho de 0,98%, a R$ 12,33. No acumulado de 2025, a ação sobe mais de 41%.
Para Axia Energia (AXIA3), antiga Eletrobras, o Citi aumentou o preço-alvo de R$ 51 para R$ 66 e manteve recomendação de “compra”, indicando potencial de valorização de 3,8% frente ao fechamento anterior.
Em relação à Engie Brasil (EGIE3), o banco ajustou o preço-alvo de R$ 30,71 para R$ 32 e reiterou recomendação “neutra”, prevendo alta de 5,6% em 12 meses.
Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br
O relatório divulgado nesta quinta-feira incorpora preços de energia maiores para 2026 a 2030 e eleva a estimativa de longo prazo para energia convencional de R$ 150/MWh para R$ 180/MWh.
Segundo o Citi, a tendência de alta nos preços reflete efeitos estruturais, como a rápida expansão da geração distribuída, maior intermitência do sistema e postura mais conservadora do Operador Nacional do Sistema (ONS) na precificação de risco.
A equipe de análise passou a projetar curtailments de 20% para parques eólicos e 30% para solares até 2030, reduzindo as estimativas para 15% e 25%, respectivamente, após esse período.