A Coca-Cola iniciou neste outono a distribuição de uma versão de seu refrigerante tradicional adoçada com açúcar de cana norte-americano em pontos de venda selecionados nos Estados Unidos. A novidade chega em garrafas de vidro de 12 onças (cerca de 355 ml) e marca o retorno do ingrediente que deixou de ser usado nas formulações domésticas da marca na década de 1980.
De acordo com um porta-voz da companhia, o produto oferece aos consumidores “uma forma clássica e atemporal de apreciar o sabor original da Coca-Cola, agora com açúcar de cana produzido nos EUA”.
O diretor financeiro da The Coca-Cola Company, John Murphy, declarou à agência Bloomberg na última terça-feira que a distribuição será feita de maneira gradual. “Há apenas uma quantidade limitada de açúcar de cana disponível no país”, explicou.
O anúncio ocorre poucos meses depois de o ex-presidente Donald Trump afirmar, em julho, que conversou com executivos da empresa sobre a volta do “açúcar de cana real” às bebidas vendidas no mercado americano. Na rede social Truth Social, Trump disse que a Coca-Cola “concordou” com a mudança e classificou a decisão como “muito boa”.
Dias após a publicação, a fabricante informou em seu balanço do segundo trimestre que planejava lançar, no outono, uma versão de seu refrigerante feita com açúcar de cana cultivado nos Estados Unidos, ampliando o portfólio da marca Coca-Cola.
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Nos anos 1980, a empresa substituiu o açúcar de cana por xarope de milho de alta frutose, mais barato por causa dos subsídios ao cultivo de milho e das tarifas sobre o açúcar. Atualmente, garrafas de Coca-Cola mexicana, que continuam sendo produzidas com açúcar de cana, são importadas em pequena escala para o mercado americano, geralmente a preços mais elevados.
A Coca-Cola não divulgou um cronograma detalhado para a expansão nacional do novo produto.