São Paulo, 29 de dezembro de 2025 – As ações da Cogna (COGN3) caíam mais de 2% no pregão desta segunda-feira, figurando entre as maiores perdas do Ibovespa.
Por volta das 15h (horário de Brasília), o papel recuava 2,18%, cotado a R$ 3,14. Na mínima do dia, chegou a R$ 3,13, queda de 2,49%.
Na última sexta-feira (26), o Ministério da Educação publicou a Portaria 921/2025, que define as condições para a continuidade dos cursos de Enfermagem anteriormente ofertados na modalidade de ensino a distância (EAD).
Pelas novas regras, instituições que ainda mantêm turmas de Enfermagem EAD poderão solicitar o credenciamento de novas unidades presenciais durante o período de transição de dois anos iniciado em maio. Cada empresa poderá apresentar apenas um pedido por município que tenha, no mínimo, 40 alunos matriculados.
Para conseguir o credenciamento, a instituição precisará:
As exigências complementam as normas divulgadas em maio, que determinaram a oferta exclusivamente presencial para Direito, Medicina, Odontologia, Enfermagem e Psicologia.
Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br
Quando o novo arcabouço foi anunciado, analistas identificaram a Cogna como a companhia com maior exposição ao curso de Enfermagem EAD: 8% dos alunos dessa graduação estudavam a distância em 2023.
Apesar disso, a Ágora Investimentos/Bradesco BBI avaliou a Portaria 921/2025 como positiva para a companhia. Segundo os analistas Marcio Osako e Henrique Colla, a medida tende a amenizar o impacto imediato da proibição do EAD e pode ampliar a receita no médio prazo graças ao aumento da taxa de ingresso nos campi e ao lançamento de novos cursos de saúde.
A corretora manteve Cogna como principal escolha no setor, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 4,80, o que implica potencial de alta de 49,5% em relação ao fechamento de sexta-feira (R$ 3,21).
No acumulado do ano, COGN3 apresenta valorização próxima de 240%, o melhor desempenho do Ibovespa.