Em coluna publicada em dezembro de 2025, o assessor de investimentos Michael Viriato afirma que decisões financeiras não devem seguir lógica de torcida, mas basear-se em avaliação detalhada de riscos, objetivos e alternativas.
Segundo o autor, muitos leitores buscam classificar rapidamente se ele é “a favor” ou “contra” determinados ativos, comparando o debate a um clássico de futebol. Viriato argumenta que essa abordagem binária ignora o que realmente importa: condições específicas de cada investidor, momento de compra, forma de financiamento e retorno ajustado ao risco.
O colunista recorda ter mostrado, em análises anteriores, que aplicações de renda fixa superaram a valorização média de imóveis em vários períodos históricos. O dado, diz ele, provoca desconforto em quem considera o mercado imobiliário o melhor investimento por definição, mas não representa uma posição automática contra o setor.
Viriato cita uma entrevista recente com o empresário imobiliário Alexandre Frankel para exemplificar que ouvir argumentos favoráveis a imóveis não implica endosso irrestrito. Para o colunista, produtos financeiros são ferramentas que só fazem sentido quando usadas no contexto adequado.
Imagem: redir.folha.com.br
O erro mais frequente, afirma, não é comprar um imóvel, e sim adquiri-lo sem cálculos que incluam orçamento, vacância, custos recorrentes e comparação com outras opções de risco semelhante. Ele recorre a Benjamin Graham, referência clássica na teoria de investimentos, ao afirmar que sem análise cuidadosa o que resta é convicção – e convicção, alerta, não preserva patrimônio.
Ao encerrar o texto, Viriato reforça que a evolução do investidor passa por fazer a pergunta correta antes de escolher qualquer ativo e deseja um Feliz Natal aos leitores.