Em artigo publicado no blog De Grão em Grão, em dezembro de 2025, o assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor, Michael Viriato, afirma que oscilações fazem parte do percurso de qualquer carteira e que a disciplina para rever a rota é essencial quando o desempenho anual foge do esperado.
Viriato compara o planejamento financeiro a uma navegação em mar aberto, onde o vento muda de direção com frequência. Segundo ele, muitas pessoas se frustram porque não traçam metas claras ou acreditam que o patrimônio crescerá de forma constante. “O plano oferece direção, não controle absoluto”, enfatiza.
O colunista recomenda definir:
Ele alerta que usar o CDI como referência pode levar a erros, porque a taxa não garante a manutenção do poder de compra nem, necessariamente, o cumprimento dos objetivos de longo prazo.
Imagem: redir.folha.com.br
Quando o retorno anual supera a projeção, diz Viriato, o investidor tem liberdade para manter os aportes e criar folga adicional ou reduzir temporariamente as contribuições. Já em anos fracos, a orientação é reforçar os depósitos ou recorrer à “gordura” acumulada em períodos anteriores, evitando abandonar o planejamento no momento em que ele mostra utilidade.
Para o especialista, o problema não está na volatilidade dos resultados, mas na expectativa de crescimento linear. A recomendação final é aprender a ajustar as velas conforme o vento muda, em vez de tentar controlar as condições do mercado.