Compra de US$ 10 milhões em AAVE pelo fundador Stani Kulechov levanta suspeitas sobre influência em governança

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São Paulo, – Stani Kulechov, fundador do protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) Aave, passou a ser alvo de questionamentos após adquirir cerca de US$ 10 milhões em tokens AAVE. Membros da comunidade cripto afirmam que a movimentação teria como objetivo aumentar o poder de voto do executivo em uma proposta de governança considerada sensível.

Compra e acusações

Em publicação feita na quarta-feira na rede social X, o estrategista de DeFi Robert Mullins classificou a compra como uma tentativa de “ampliar poder de voto para apoiar uma medida contrária aos interesses dos detentores de tokens”. Para ele, o caso demonstra falhas dos modelos atuais em impedir governance attacks.

O influenciador conhecido como Sisyphus reforçou as críticas, sugerindo que Kulechov teria vendido milhões de dólares em AAVE entre 2021 e 2025 e questionando a lógica econômica por trás da recompra.

Proposta em debate

A polêmica ocorre enquanto a comunidade discute uma proposta que prevê a transferência de domínios, contas em redes sociais e propriedade intelectual do protocolo para uma estrutura jurídica controlada pela DAO. Mesmo com debates em andamento, o texto foi levado a votação no Snapshot, o que gerou reação negativa de diversos participantes.

Ernesto Boado, ex-CTO da Aave Labs e autor listado da proposta, afirmou que a medida foi acelerada sem seu consentimento, prejudicando a confiança da comunidade.

Compra de US$ 10 milhões em AAVE pelo fundador Stani Kulechov levanta suspeitas sobre influência em governança - Imagem do artigo original

Imagem: cointelegraph.com

Concentração de votos

Dados do Snapshot apontam forte concentração de poder na votação. Os três maiores endereços somam mais de 58% do total de votos. O endereço 0xEA0C6B5A detém 27,06% (aproximadamente 333 mil AAVE), enquanto aci.eth possui 18,53% (cerca de 228 mil AAVE).

Samuel McCulloch, do projeto USD.ai, classificou o cenário como “ridículo”, destacando que um pequeno grupo pode decidir questões fundamentais do protocolo.

Procurado pela reportagem, Kulechov não respondeu até o fechamento desta edição.

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