As concessões de empréstimos no país diminuíram 1,9% em agosto na comparação com julho, informou o Banco Central nesta segunda-feira (29). Apesar da queda nas novas operações, o estoque total de crédito cresceu 0,5% no período, alcançando R$ 6,757 trilhões.
Em relação a agosto do ano passado, o volume total de crédito registrou expansão de 10,1%, ritmo inferior aos 10,8% observados em julho. O resultado ocorre em meio à política monetária contracionista, com a taxa básica Selic mantida em 15% ao ano.
As concessões com recursos livres — em que as condições são negociadas entre bancos e tomadores — recuaram 3,3% no mês. Já as operações com recursos direcionados, que seguem regras definidas pelo governo, avançaram 9,4%.
A inadimplência nas operações de recursos livres atingiu 5,4% em agosto, ante 5,2% em julho. As taxas de juros médias nesse segmento subiram 0,4 ponto percentual, chegando a 46,0% ao ano.
Nos empréstimos com recursos direcionados, a taxa média caiu 0,2 ponto, para 11,7% ao ano.
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O spread — diferença entre o custo de captação das instituições financeiras e a taxa final cobrada dos clientes — avançou para 32,3 pontos percentuais nos recursos livres, frente aos 31,8 pontos registrados no mês anterior.
Na semana passada, o Banco Central projetou que o estoque total de crédito no Brasil deve encerrar 2025 com alta de 8,8%.