Confiança do consumidor nos EUA recua em novembro e atinge menor nível desde abril

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A confiança do consumidor norte-americano recuou mais do que o previsto em novembro, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira (28) pelo The Conference Board. O índice geral caiu para 88,7 pontos, contra 95,5 em outubro (dado revisado), alcançando o patamar mais baixo desde abril.

Economistas consultados pela LSEG projetavam 93,4 pontos para o mês, marca que não se confirmou. A queda foi atribuída principalmente a preocupações com preços, inflação, tarifas, comércio, cenário político e a possibilidade de paralisação do governo federal, informou Dana Peterson, economista-chefe da entidade.

Expectativas sinalizam recessão

O Expectations Index, que mede as perspectivas para os próximos seis meses, permaneceu abaixo de 80 pontos pelo décimo mês consecutivo — nível considerado sinalizador de recessão. Todos os três componentes desse subíndice pioraram em novembro, com destaque para o aumento do pessimismo em relação às condições de negócios.

As expectativas de inflação para o próximo ano ficaram em mediana de 4,8%, mesma taxa registrada no mês anterior.

Análise por faixas de renda, idade e orientação política

A queda de confiança atingiu quase todos os níveis de renda. Apenas o grupo que recebe menos de US$ 15 mil anuais mostrou leve melhora, embora continue sendo o menos otimista. Entre as faixas etárias, o indicador subiu para consumidores com menos de 35 anos, mas recuou para os demais; os entrevistados com 55 anos ou mais permaneceram os mais pessimistas. Em termos políticos, independentes registraram o maior declínio.

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Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com

Visão sobre mercado de trabalho e situação atual

O Present Situation Index, que avalia condições correntes de negócios e do mercado de trabalho, também enfraqueceu no mês. Menções ao emprego diminuíram, mas ainda figuraram entre os temas mais citados pelos entrevistados.

Economistas veem impacto sobre política monetária

Eugenio Aleman, economista-chefe da Raymond James, afirmou que o resultado corrobora a expectativa de demanda mais fraca dos consumidores no último trimestre do ano. Para Jeffrey Roach, economista-chefe da LPL Financial, indicadores complementares em enfraquecimento podem pressionar o Federal Reserve a cortar juros em dezembro e novamente em 2026.

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