Coreia do Sul mobiliza força-tarefa após prisão de 475 cidadãos em fábrica da Hyundai nos EUA

Mercado Financeiro1 minuto atrás6 pontos de vista

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O governo da Coreia do Sul realizou uma reunião de emergência no sábado (6) e criou uma força-tarefa para tratar da prisão de 475 trabalhadores, em sua maioria sul-coreanos, durante uma operação do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) em uma fábrica de baterias da Hyundai, na Geórgia.

A ação ocorreu na quinta-feira (4) em uma planta operada pela Hyundai em parceria com a LG Energy Solution, considerada um dos maiores investimentos estrangeiros já feitos no estado americano. Agentes do ICE afirmam que os detidos trabalhavam ilegalmente no país.

Seul enviou diplomatas ao local e informou que “utilizará todos os meios” para garantir os direitos de seus cidadãos. O ministro das Relações Exteriores, Cho Hyun, disse sentir “grande senso de responsabilidade” e não descartou viajar a Washington para acompanhar o caso.

Em nota, a Casa Branca defendeu a operação. “Eram imigrantes ilegais e o ICE apenas cumpriu seu trabalho”, declarou o presidente Donald Trump na sexta-feira (5). O ICE argumenta que pessoas portadoras de vistos de curta duração ou recreativos não podem trabalhar nos Estados Unidos e que a ação busca “proteger empregos americanos”.

Segundo a LG Energy Solution, 47 empregados diretos e cerca de 250 contratados da joint venture estão entre os detidos. A empresa suspendeu a maioria das viagens de negócios aos EUA e orientou que funcionários em missão retornem imediatamente. Também informou que trabalha para garantir a entrega de medicamentos necessários aos presos.

A operação gerou preocupação em Seul porque ocorre em meio a negociações comerciais sensíveis com Washington. A Coreia do Sul prometeu dezenas de bilhões de dólares em novos investimentos manufatureiros nos EUA, parte deles motivados por ameaças tarifárias da atual administração americana.

Jornais sul-coreanos classificaram a ação como “choque” e alertaram para possíveis impactos sobre futuros aportes. A fábrica, que emprega 1.200 pessoas e produz baterias para veículos elétricos, foi elogiada pelo governador republicano da Geórgia como “o maior projeto de desenvolvimento econômico” da história do estado.

Os trabalhadores estão detidos em uma instalação do ICE em Folkston, Geórgia, até definição sobre possíveis transferências. O Departamento de Investigações de Segurança Interna (HSI) afirmou que quem “explora o sistema” enfrentará responsabilização.

A Força-Tarefa de Proteção à Coreia no Exterior acompanha o caso, e o governo sul-coreano reforçou que continuará pressionando por “rápida libertação” dos seus cidadãos.

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