Cracker Barrel retira página dedicada ao Pride e reformula grupos de afinidade internos

Anúncio

LEBANON, Tennessee – A rede de restaurantes Cracker Barrel confirmou ter removido a seção “Pride” de seu site institucional e ter promovido mudanças em seus Business Resource Groups (BRGs), conforme comunicado divulgado nesta quarta-feira.

Atualização do site

Segundo porta-voz da companhia, a remoção faz parte de uma revisão mais ampla da identidade da marca. “Adicionamos novos conteúdos e retiramos materiais desatualizados”, afirmou o representante.

A página retirada listava, entre outros itens, o patrocínio da empresa à Parada do Orgulho de Nashville de 2024. O link agora redireciona para a seção “Culture and Belonging”, que traz a mensagem: “Receber bem as pessoas sempre esteve no coração de quem somos”.

Pressão de ativistas conservadores

A decisão ocorre após críticas de ativistas conservadores, como Robby Starbuck e Chris Rufo, que vinham questionando o apoio da rede a causas LGBT. Nos últimos anos, a marca lançou cadeiras de balanço com as cores do arco-íris durante o Mês do Orgulho e manteve um grupo interno chamado “LGBTQ+ Alliance”.

Mudanças nos grupos de afinidade

O porta-voz informou que, “há alguns meses”, todos os BRGs passaram a direcionar patrocínios e eventos exclusivamente para iniciativas de responsabilidade social da empresa: combate à insegurança alimentar, apoio comunitário por meio de doações de comida e redução de desperdício. Os BRGs, antes listados no site, foram removidos após a atualização.

Imagem: David Spector FOXBusiness via foxbusiness.com

Histórico com o Human Rights Campaign

O fundador do grupo LGBT interno chegou a integrar o conselho consultivo empresarial do Human Rights Campaign (HRC), organização responsável pelo Corporate Equality Index. A Cracker Barrel afirma não participar do índice nem ter vínculo com o HRC “há vários anos”.

Em 2002, a empresa recebeu nota zero na primeira edição do ranking, mas atingiu 80 pontos em 2021 após adotar políticas pró-LGBT. Na década de 1990, chegou a ser alvo de boicotes por demitir 11 funcionários considerados fora do padrão “heterossexual normal”, segundo política corporativa então vigente.

Controvérsias recentes

A rede também enfrentou reação negativa por mudanças na decoração das lojas e pelo lançamento de um logotipo simplificado, que substituía a figura do “Old Timer” por um desenho minimalista. Na segunda-feira, após críticas de consumidores, a companhia anunciou o retorno ao logotipo original.