Criação de 85,8 mil vagas formais em novembro supera previsões do mercado

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O Brasil gerou 85.864 postos de trabalho com carteira assinada em novembro, de acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta terça-feira, 30 de dezembro. O resultado ficou acima da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Valor Data, que apontava abertura líquida de 79,1 mil vagas.

Admissões e desligamentos

No mês, foram registradas 1.979.902 admissões e 1.804.038 desligamentos. As projeções para o saldo variavam de 65 mil a 95.529 empregos.

Relevância para a política monetária

Os dados de emprego são acompanhados de perto pelo Banco Central porque indicam o nível de aquecimento da economia. Saldo forte tende a pressionar a demanda e, consequentemente, a inflação, o que pode influenciar decisões sobre a taxa básica de juros (Selic), hoje em 15%, o maior patamar desde junho de 2006. Investidores projetam o início de cortes nos juros para o começo de 2026, com dúvidas se a primeira redução ocorrerá em janeiro ou em março.

Remuneração média

O salário médio de admissão ficou em R$ 2.310,78 em novembro, alta de 0,3% em relação a outubro. Já o salário médio de demissão alcançou R$ 2.416,37, ante R$ 2.389,41 no mês anterior.

Desempenho por setor

A abertura líquida de vagas concentrou-se em apenas dois dos cinco grandes segmentos da economia:

  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: +78.249
  • Serviços: +75.131
  • Agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: −16.566
  • Indústria geral: −27.135
  • Construção: −23.804

O Novo Caged mensura apenas o mercado formal e não inclui trabalhadores informais ou autônomos sem carteira assinada.

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