Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2025 – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) listou a realização de audiências públicas sobre Certificados de Operações Estruturadas (COE) e a revisão completa das normas aplicáveis ao investimento coletivo como dois dos principais pontos da agenda regulatória de 2026.
O cronograma divulgado nesta quarta-feira (10) prevê a modernização da Resolução 175, considerada o marco regulatório dos fundos de investimento. A autarquia pretende revisar dispositivos que tratam de Fundos de Investimento em Participação (FIP), Fundos de Investimento Financeiro (FIF) e Fundos de Investimento Imobiliário (FII).
Entre as mudanças avaliadas estão:
Outro ponto central é a reformulação das regras que disciplinam o crowdfunding de investimentos. A CVM prorrogou a consulta pública referente à nova norma – que substituirá a Resolução 88 – para 26 de janeiro. A proposta prevê:
Além das propostas para FIDC e gestão ativa de ETF, a agenda de 2026 inclui outras seis audiências públicas:
A CVM também pretende revisar o modelo de contratação de influenciadores digitais que divulgam produtos de investimento. Mudanças em peças publicitárias nas redes sociais estão em estudo, mas ainda não têm data para consulta pública.
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No segmento de renda variável, a autarquia planeja estabelecer regras para a negociação de ações mantidas em tesouraria e atualizar a norma sobre divulgação de fatos relevantes e comunicados ao mercado, delimitando de forma mais clara cada instrumento.
Também está na pauta a revisão do conjunto de certificações exigidas para consultores de investimento. No varejo, a CVM dará continuidade aos estudos sobre adequação de produtos ao perfil do cliente e redefinição do conceito de “investidor qualificado”.
“Nosso objetivo é promover um mercado de capitais mais aberto, inovador e capaz de atender às necessidades de uma economia em transformação”, declarou o presidente interino da CVM, Otto Lobo, ao comentar o planejamento para o próximo ano.