Demissão de Lisa Cook pelo presidente Trump e IPCA-15 pressionam mercados nesta terça-feira

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Nesta terça-feira, 26 de agosto, investidores acompanham dois acontecimentos que podem ditar o rumo dos negócios: a tentativa de demissão da diretora do Federal Reserve (Fed) Lisa Cook pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a divulgação da prévia da inflação brasileira, o IPCA-15.

Demissão contestada no Federal Reserve

Na noite de segunda-feira (25), Trump anunciou, em sua rede Truth Social, a exoneração imediata de Lisa Cook do conselho do Fed. Segundo agências internacionais, o republicano alega “fraude hipotecária” como motivo para a saída.

William Pulte, chefe da Agência Federal de Financiamento Habitacional dos EUA e indicado por Trump, afirmou que Cook teria registrado duas hipotecas como residências principais. Ele, porém, não apresentou provas públicas da acusação.

Horas depois, Cook divulgou nota afirmando que permanece no cargo e que o presidente norte-americano não tem autoridade legal para destituí-la. A controvérsia reacende receios sobre a independência do banco central, já pressionado por Trump para cortar juros. O presidente do Fed, Jerome Powell, tem mantido postura cautelosa, ainda que dados recentes de desaceleração econômica tenham aberto espaço para discutir redução das taxas.

Prévia da inflação no Brasil

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga às 9h o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de agosto. Levantamento do Valor Data com 22 instituições aponta para deflação de 0,22% no mês, com projeções que vão de queda de 0,28% a alta de 0,15%.

Imagem: all rights reserved via valorinveste.globo.com

Para o acumulado de 12 meses, a mediana das estimativas indica recuo para 4,88%, ante 5,27% em julho. As apostas variam entre 4,80% e 5,26%. Caso a deflação se confirme, analistas veem maior espaço para que o Banco Central retome o ciclo de cortes da Selic no início de 2026. Ontem (25), o Boletim Focus já mostrou nova redução nas projeções para a inflação deste ano, aproximando-as do teto da meta oficial.

Com o cenário externo incerto e o indicador doméstico no radar, a expectativa é de maior volatilidade nos mercados ao longo do pregão.