Ibovespa cai 0,45% com tombo de Petrobras e incerteza eleitoral; dólar fecha a R$ 5,43

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São Paulo, 8 de agosto de 2025 – Após quatro sessões de alta, o Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira em queda de 0,45%, aos 135.913,25 pontos, devolvendo parte dos ganhos recentes. O recuo foi influenciado pela forte baixa das ações da Petrobras e pelo aumento da atenção do mercado ao cenário eleitoral de 2026.

No câmbio, o dólar à vista avançou 0,25% e terminou cotado a R$ 5,4361. Apesar da alta no dia, a moeda norte-americana acumulou queda de 1,97% na semana.

Petrobras puxa índice para baixo

Os papéis da Petrobras (PETR3; PETR4) cederam mais de 7% após o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Fernando Melgarejo, indicar baixa probabilidade de distribuição de dividendos extraordinários em 2025 durante teleconferência sobre o resultado do segundo trimestre.

Na ponta negativa do índice, Rumo (RAIL3) liderou as perdas mesmo tendo revertido prejuízo para lucro entre abril e junho; analistas classificaram o balanço como neutro e destacaram a queda anual de 2% nas tarifas consolidadas. Já Braskem (BRKM5) figurou entre as maiores altas, reagindo à confirmação de negociações com a Unipar para possível venda de ativos.

Eleições de 2026 entram no radar

De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria menos inclinado a apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como candidato ao Planalto, cogitando endossar um membro da própria família. Investidores veem Tarcísio como opção preferencial.

Política monetária e comércio exterior

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, reiterou que a taxa de juros permanecerá em nível restritivo por período prolongado para assegurar o retorno da inflação à meta.

No front comercial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo adotará medidas para evitar prejuízos aos exportadores diante da tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos. O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, anunciou que um plano de contingência será apresentado até terça-feira (12).

Ibovespa cai 0,45% com tombo de Petrobras e incerteza eleitoral; dólar fecha a R$ 5,43 - Imagem do artigo original

Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br

Desempenho semanal

Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 2,62%. Entre os componentes, RD Saúde (RADL3) registrou o melhor desempenho, subindo quase 30%, enquanto GPA (PCAR3) teve a maior queda, de cerca de 11%.

Mercados externos

Em Wall Street, os principais índices fecharam em forte alta: Dow Jones +0,47% (44.175,61 pontos), S&P 500 +0,78% (6.389,45 pontos) e Nasdaq +0,98% (21.450,02 pontos), este último renovando máxima histórica. Os investidores reagiram a balanços corporativos e aos desdobramentos da política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, que voltou a defender tarifas recíprocas em publicação na rede Truth.

A possibilidade de taxação sobre barras de ouro de um quilo também esteve no foco, após documento da Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA classificar o produto em categoria sujeita a tarifas.

Na Ásia, o Nikkei avançou 1,85%, enquanto o Hang Seng recuou 0,89%. Índices da Coreia do Sul e de Singapura fecharam com perdas próximas de 1%. Na Europa, o Stoxx 600 subiu 0,19%, aos 547,08 pontos, acumulando ganho semanal de 2,2%, o maior em três meses.

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