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Dispositivos vestíveis com IA devem redefinir normas de privacidade, afirma Evin McMullen

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São Paulo, 2024 – A expansão de dispositivos vestíveis equipados com inteligência artificial deve inaugurar, a partir de 2025, um novo patamar de monitoramento público e levar a sociedade a rever suas expectativas de privacidade, segundo Evin McMullen, cofundadora e CEO da Billions Network e também cofundadora da Privado ID.

Do olho humano ao “panóptico infinito”

McMullen recorda que, durante grande parte da história, a vigilância se restringia ao que podia ser observado a olho nu por policiais e detetives. Com o avanço tecnológico, satélites, internet e câmeras de segurança (CCTV) ampliaram o alcance do monitoramento e provocaram debates sobre liberdades civis. Apesar da resistência inicial, o público gradualmente passou a aceitar esses recursos como instrumentos de segurança.

Para a executiva, o próximo estágio será marcado por um “panóptico infinito”, impulsionado por vestíveis, redes descentralizadas e pela onipresença da IA. Esse cenário, diz ela, não é necessariamente distópico, mas exigirá um novo pacto social sobre dados pessoais.

Vestíveis como extensão do corpo

O Google Glass, lançado em 2013, é apontado por McMullen como o primeiro passo para normalizar a ideia de tecnologia incorporada ao usuário. Em 2025, dispositivos de realidade aumentada devem se popularizar e ganhar mais recursos. Além de smartphones, já coletam informações 24 horas por dia relógios inteligentes, carros conectados, assistentes domésticos e campainhas com câmera.

Entre os exemplos citados estão os Ray-Ban Smart Glasses, da Meta, capazes de realizar chamadas, enviar mensagens e controlar funções por comando de voz. A Apple, segundo o cronograma mencionado pela executiva, planeja lançar em 2026 seus próprios óculos inteligentes, com integração ao assistente Siri, análise do ambiente e IA multimodal.

Para McMullen, a oferta das grandes empresas permanece a mesma: benefícios tecnológicos em troca de dados cada vez mais íntimos, como tom de voz e emoções do usuário. Apesar de possíveis controvérsias, ela acredita que a maioria das pessoas aceitará essa troca pela conveniência proporcionada.

Dispositivos vestíveis com IA devem redefinir normas de privacidade, afirma Evin McMullen - Trader Iniciante 2 (16)

Imagem: Trader Iniciante 2 (16)

Criptografia como contrapeso

A autora argumenta que a única forma de equilibrar coleta de dados e privacidade é recorrer à criptografia, em especial às provas de conhecimento zero (zero-knowledge proofs). Essa técnica permitiria validar informações – como idade ou endereço – sem revelar o conteúdo a qualquer pessoa ou sistema não autorizado.

Segundo McMullen, o modelo daria aos usuários maior soberania sobre seus próprios dados, possibilitando decidir o que compartilhar e como esse material será usado. Ela lembra que escândalos como o de Edward Snowden, em 2013, e o caso Cambridge Analytica, em 2018, mostraram o valor das informações pessoais, mas não impediram que muitos continuassem a aceitar formas de monitoramento digital.

“Os benefícios das tecnologias mais recentes só são possíveis com a captura de dados”, afirma. Para quem deseja aproveitar esses recursos, acrescenta, algum nível de vigilância invasiva será inevitável, cabendo à criptografia garantir que o processo seja o menos intrusivo possível.

O texto assinado por Evin McMullen é classificado como opinião e não deve ser interpretado como recomendação legal ou de investimento.

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