Dólar fecha a R$ 5,54 após payroll fraco nos EUA e renúncia de diretora do Fed

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São Paulo, 1º de agosto de 2025 – O dólar à vista recuou 0,99% nesta sexta-feira e encerrou o pregão cotado a R$ 5,5456. A divisa acompanhou a perda de força da moeda norte-americana no exterior, influenciada por dados mais fracos de emprego nos Estados Unidos e pela saída de uma integrante do Federal Reserve.

Indicadores internacionais pressionam o câmbio

Por volta das 17h (horário de Brasília), o Dollar Index (DXY), que compara o dólar a seis moedas fortes, cedia 1,16% e marcava 98,807 pontos. Na comparação semanal, a moeda norte-americana acumulou baixa de 0,29% frente ao real.

O gatilho para o movimento foi o relatório oficial de empregos dos EUA. O payroll apontou a criação de 73 mil vagas em julho, bem abaixo da previsão de 100 mil. A taxa de desemprego subiu de 4,1% para 4,2%, e o Departamento do Trabalho revisou o número de junho de 147 mil para apenas 14 mil postos.

Após a divulgação, operadores recalcularam as apostas para a política monetária. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, a probabilidade de o Federal Reserve cortar os juros em 0,25 ponto percentual na reunião de setembro saltou de 37,7% para 80,8%. A chance de manutenção caiu para 19,2%. Para dezembro, o mercado já trabalha majoritariamente com redução total de 0,75 ponto.

Mudança na diretoria do Fed e tensão política

No mesmo dia, o Fed comunicou a renúncia da diretora Adriana Kugler, válida a partir de 8 de agosto. No cargo desde 13 de setembro do ano passado, ela retornará à Universidade de Georgetown. O anúncio reforçou a percepção de incerteza na condução da política monetária.

O presidente norte-americano, Donald Trump, também voltou a criticar o presidente do Fed, Jerome Powell, em publicações na rede Truth Social e ordenou a demissão da comissária de Estatísticas do Trabalho, Erika McEntarfer, responsável pelo relatório de emprego.

Dólar fecha a R$ 5,54 após payroll fraco nos EUA e renúncia de diretora do Fed - Imagem do artigo original

Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br

Tarifaço e repercussões no Brasil

Adicionalmente, entrou em vigor nesta sexta-feira o pacote tarifário imposto por Trump sobre produtos de 69 parceiros comerciais, com alíquotas de 10% a 41%. Para o Brasil, a tarifa de 50% passa a valer em 6 de agosto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que busca parcerias com governos estaduais para mitigar os impactos e que pretende manter as medidas dentro do atual marco fiscal.

Com o conjunto de fatores – dados fracos de emprego, expectativas de corte de juros, renúncia no Fed e novas tarifas –, investidores reduziram a demanda por dólares, favorecendo o real no fechamento da semana.

Com informações de Money Times

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