São Paulo, 6 de outubro de 2025 – O dólar à vista fechou em queda de 0,49%, cotado a R$ 5,3107, contrariando o movimento de valorização da moeda norte-americana no exterior.
A desvalorização do real foi influenciada por três fatores principais:
1. Conversa entre presidentes: Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump mantiveram reunião virtual de 30 minutos pela manhã. Segundo o Palácio do Planalto, o diálogo teve tom amistoso e abordou temas econômicos e comerciais. Trump afirmou em sua rede social que pretende encontrar Lula “em um futuro não muito distante” no Brasil ou nos Estados Unidos.
2. Recuperação do petróleo: A alta das cotações internacionais da commodity aumentou o fluxo de recursos para moedas de países exportadores, favorecendo o real.
3. Paralisação nos EUA: O shutdown do governo norte-americano completou seis dias, mantendo o impasse entre republicanos e democratas e aumentando a aversão a risco.
Às 17h (horário de Brasília), o índice DXY – que compara o dólar a seis divisas fortes – avançava 0,38%, a 98,105 pontos.
Imagem: Liliane de Lima via moneytimes.com.br
Balança comercial: O Brasil registrou superávit de US$ 2,990 bilhões em setembro, queda de 41,1% em relação ao mesmo mês de 2024, mas acima da expectativa de US$ 2,650 bilhões de economistas consultados pela Reuters. O resultado foi impactado pela importação de uma plataforma de petróleo.
Boletim Focus: Analistas reduziram a projeção de inflação para 2025 de 4,81% para 4,80%. As estimativas para o dólar foram revistas para R$ 5,45 em 2025, R$ 5,53 em 2026 e R$ 5,56 em 2027 e 2028. Previsões para PIB e Selic permaneceram estáveis.
Na França, o primeiro-ministro Sebastien Lecornu e seu gabinete renunciaram horas após a formação do novo governo, agravando a crise política no país.
A cotação do dólar encerrou o pregão brasileira em linha com as expectativas do mercado, refletindo a combinação de fatores internos e externos que seguem no radar dos investidores.