Economista relaciona crescimento econômico à queda da natalidade e comenta ataque antissemita em Sydney

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São Paulo – A economista Lorena Hakak, doutora em economia, professora da Fundação Getulio Vargas (FGV) e presidente da Sociedade de Economia da Família e do Gênero (GeFam), publicou análise sobre os efeitos da expansão econômica nas taxas de fecundidade e abordou o atentado antissemita que deixou 15 mortos em Bondi Beach, Sydney, em 14 de dezembro.

Impacto macroeconômico na natalidade

Hakak baseia-se no artigo “The Downside of Fertility”, da Nobel de Economia Claudia Goldin, para explicar por que famílias estão menores. Segundo Goldin, o rápido avanço da economia e a maior participação feminina no mercado de trabalho alteraram incentivos sem que tradições acompanhassem as mudanças.

A pesquisadora separa 12 países em dois grupos. No primeiro, com Estados Unidos e Reino Unido, o crescimento econômico foi relativamente estável; no segundo, que inclui Grécia, Itália, Coreia do Sul, Japão e Espanha, houve estagnação seguida de forte expansão. Em ambos, a fecundidade caiu, mas o recuo foi mais acentuado no segundo conjunto, onde o progresso beneficiou mulheres de forma mais rápida.

Goldin também aponta a ascensão da chamada “gerontocracia”, caracterizada por maior remuneração para homens mais velhos. Para os jovens, isso significou menos oportunidades, atraso na saída da casa dos pais, elevação da idade ao casar, redução na proporção de casamentos e consequente baixa na fecundidade. Segundo Hakak, esse fenômeno ainda carece de estudos detalhados no Brasil, onde a taxa de fecundidade atual é de 1,6 filho por mulher, abaixo do nível de reposição populacional de 2,1.

Ataque em Bondi Beach

Na mesma coluna, Hakak menciona o ataque ocorrido no primeiro dia de Hanukkah, festa judaica conhecida como “festa das luzes”. A ação resultou na morte de 15 pessoas e ferimentos em mais de 20 na praia de Bondi, em Sydney. De acordo com a economista, o episódio reflete o avanço do antissemitismo e da intolerância quando não há resposta firme do Estado.

Economista relaciona crescimento econômico à queda da natalidade e comenta ataque antissemita em Sydney - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

Um dos agressores foi contido por Ahmed Al Ahmed, imigrante sírio e muçulmano, que, segundo relatos, agiu para proteger frequentadores da praia e tornou-se herói local.

Hakak conclui que o enfrentamento institucional é essencial para prevenir novos atos de violência motivados por ódio.

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