A Eigen Labs anunciou nesta quinta-feira (11) a liberação de um recurso de verificação multichain que permite que serviços validados ativamente (AVS) sejam executados em redes de camada 2 (L2) sem abrir mão da segurança do Ethereum.
O novo módulo estreou na Sepolia Testnet sobre a Base, blockchain L2 mantida pela Coinbase. De acordo com o fundador e CEO da Eigen Labs, Sreeram Kannan, a iniciativa representa “um marco crítico” no plano de expansão da empresa.
“A Base foi escolhida como primeiro parceiro pelo ecossistema de desenvolvedores vibrante e pela sintonia com nossa missão de acelerar a camada de aplicações”, disse Kannan. Segundo ele, o suporte a outras cadeias já está em desenvolvimento, e a expectativa é levar a funcionalidade a ambientes de mainnet no terceiro trimestre de 2025.
O sistema batizado de Multi-Chain Verification sincroniza automaticamente, em todas as redes compatíveis, dados essenciais dos validadores, como pesos de staking, configurações de operadores e penalidades de slashing. Dessa forma, um AVS implantado fora do Ethereum herda a segurança conjunta do staking da EigenLayer, sem precisar escolher entre proteção e escalabilidade.
“Até agora, o desenvolvedor tinha de optar: aproveitar a segurança do Ethereum ou migrar para ambientes mais rápidos e baratos. Com essa atualização, a escolha deixa de existir”, afirmou Kannan.
Imagem: cointelegraph.com
A estreia do recurso da Eigen Labs ocorre em meio a uma onda de upgrades técnicos em diferentes redes. No mesmo dia, a Build on Bitcoin implementou provas de fraude de conhecimento zero (ZK) em seu rollup otimista, aproximando-se do selo de descentralização total na plataforma L2Beat. Já a Fundação Ethereum estabeleceu, em 10 de julho, um cronograma de um ano para adotar a zkEVM na mainnet, substituindo a execução tradicional de blocos por provas ZK.
O avanço da verificação multichain posiciona a Eigen Labs para atender projetos que buscam infraestrutura de dados verificável em vários ecossistemas, reforçando a tendência de integração entre segurança do Ethereum e escalabilidade das L2.
Com informações de Cointelegraph