Emissões de LCI avançam 25% no semestre e ganham espaço no financiamento imobiliário

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As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) voltaram a crescer e já se destacam como uma das principais fontes de recursos do mercado imobiliário brasileiro. Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que as emissões de LCI aumentaram 25% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, após uma fase de retração no início do ano passado.

O movimento foi favorecido pela redução do prazo de carência desses títulos, que passou de 12 para 9 meses e, posteriormente, para 6 meses. Para Sandro Gamboa, presidente da Abecip, a LCI tende a se tornar “a estrutura mais importante para o funding imobiliário”. Ele defende nova redução do prazo para três meses, mantendo a isenção de Imposto de Renda, a fim de atrair investidores que buscam maior liquidez.

Em junho de 2025, o estoque de LCI somou R$ 473 bilhões, alta de 30% sobre o mesmo mês de 2024. O montante representa 19% de todo o funding do setor, atrás apenas da poupança SBPE, responsável por 30%, e dos recursos do FGTS, com 26%.

Outras fontes de recursos

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) também avançaram. Entre junho de 2024 e junho de 2025, o estoque desses papéis cresceu 15%, alcançando R$ 239 bilhões, o equivalente a 10% do total de recursos destinados ao setor.

Na mesma comparação, os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) registraram incremento de 10% e chegaram a R$ 272 bilhões, participação de 11% no financiamento imobiliário.

Poupança permanece estagnada

Apesar de ainda responder por quase um terço do funding imobiliário, a poupança SBPE não apresentou crescimento no período analisado. O estoque ficou estacionado em R$ 762 bilhões dentro de um montante total de R$ 2,52 trilhões.

Emissões de LCI avançam 25% no semestre e ganham espaço no financiamento imobiliário - Imagem do artigo original

Imagem: infomoney.com.br

A retração também aparece no crédito concedido com recursos da poupança. No primeiro semestre de 2025, foram liberados R$ 73,6 bilhões para aquisição de imóveis e financiamento a construtoras, queda de 10% ante os R$ 82,1 bilhões apurados no mesmo intervalo de 2024.

Já a captação líquida da poupança segue negativa. Entre janeiro e junho de 2025, houve saída líquida de R$ 38,4 bilhões, enquanto no mesmo período do ano anterior o recuo havia sido menor.

Os números reforçam a tendência de migração dos investidores para instrumentos isentos de Imposto de Renda, como LCI, CRI e FII, que vêm ganhando espaço no mercado em meio ao ambiente de juros em queda.

Com informações de InfoMoney

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