Número de estrangeiros empregados cai 822 mil em um ano e trabalhadores nascidos nos EUA ganham 2,76 milhões de vagas, aponta governo

Dificuldades e desafios15 minutos atrás6 pontos de vista

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O relatório de empregos de agosto divulgado pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos indica que, nos 12 meses encerrados em agosto, o contingente de trabalhadores nascidos no exterior encolheu em 822 mil pessoas, enquanto o de nascidos no país aumentou em 2,76 milhões.

Diferenças nas taxas de desemprego

Segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS), a taxa de desemprego dos estrangeiros passou de 4,3% para 4,4% em um ano. Entre os nascidos nos EUA, o indicador subiu de 4,4% para 4,6% no mesmo período.

Oferta de mão de obra mais restrita

Para o pesquisador Daniel Di Martino, do Manhattan Institute, a queda na contratação de imigrantes reflete a desaceleração econômica e a redução da imigração ilegal. “O fechamento da fronteira por vários meses diminuiu o número de pessoas que entram na força de trabalho”, afirmou. Ele destacou que setores como construção, serviços de entrega e restaurantes, que empregam grande volume de trabalhadores sem documentação, sentem a oferta de mão de obra mais apertada.

População nascida fora do país também encolhe

Estudo do Pew Research Center, baseado em dados do Censo, mostrou que a população de estrangeiros residentes no país diminuiu em mais de 1 milhão no último ano, a primeira queda desde a década de 1960. Di Martino ponderou que essa retração pode ser parcialmente exagerada por menor participação de imigrantes sem documentos nas pesquisas domiciliares.

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Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com

Metodologia pode influenciar os números

David Bier, diretor de estudos de imigração do Cato Institute, observou que o desenho da pesquisa do governo pode inflar a percepção de avanço entre trabalhadores nativos. O Censo ajusta o peso da amostra mensalmente com base em estimativas de natalidade, mortalidade e migração. “Se a imigração diminui mais do que o previsto, o modelo acaba mostrando automaticamente mais empregados nascidos nos EUA”, explicou. Para Bier, não há evidência de melhora na situação de emprego dos nativos, já que a taxa de desemprego deles também subiu.

O levantamento de agosto reforça a tendência de desaceleração do mercado de trabalho norte-americano em meio à incerteza econômica provocada por tarifas de importação e à expectativa de novos ajustes na política monetária.

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