São Paulo — A crescente onda de companhias que estocam criptomoedas em seus caixas pode desencadear uma correção semelhante ao colapso das empresas de internet no início dos anos 2000, afirmou Ray Youssef, fundador da plataforma de empréstimos peer-to-peer NoOnes, em entrevista ao Cointelegraph.
Segundo Youssef, o entusiasmo exagerado que levou investidores a despejar recursos em negócios de tecnologia na virada do milênio não desapareceu; apenas migrou para a narrativa dos cripto-tesouros. “A corrida por capital fácil atrai entusiastas, oportunistas e sonhadores, porque visões futuristas vendem bem ao grande público”, disse.
Para o executivo, a maioria das empresas que mantém grandes posições em ativos digitais tende a minguar e, eventualmente, vender esses recursos, alimentando o próximo mercado de baixa. Apenas um grupo restrito teria fôlego para atravessar o período de desvalorização e continuar acumulando criptoativos a preços menores.
Apesar do alerta, Youssef destacou que uma gestão financeira conservadora pode amenizar os impactos de uma eventual queda:
Imagem: Trader Iniciante 2 (16)
O debate sobre tesouros em criptomoedas ganhou força neste ciclo de mercado, impulsionado pela entrada de instituições e pela percepção de que o setor amadureceu. Ainda assim, as advertências de Youssef reforçam que a euforia pode repetir erros do passado.