O educador financeiro Michael Viriato listou estratégias práticas para diminuir despesas domésticas sem grandes sacrifícios. Segundo o colunista da série “De Grão em Grão”, publicada em setembro de 2025, ajustes pontuais nos principais grupos de consumo permitem aliviar de 8% a 15% do orçamento mensal das famílias brasileiras.
Responsável por cerca de 20% da renda, a moradia pode ficar mais barata com renegociação de aluguel ou troca por imóvel compatível. No dia a dia, reduzir o tempo de banho corta entre 5% e 10% do consumo de gás. Tampas nas panelas, uso correto das bocas do fogão e desligar o fogo antes do término do cozimento geram economia estimada entre R$ 20 e R$ 40 mensais. Trocar lâmpadas por LED e eletrodomésticos eficientes pode baixar a conta de luz em até 10%.
Quase 19% do orçamento vai para comida. Planejar compras, cozinhar em casa e levar marmitas reduz o gasto em até 15%. Para quem desembolsa R$ 1.500 por mês com alimentação, a economia chega a R$ 225 mensais ou R$ 2.700 por ano.
Mais de 20% da renda média é destinada a deslocamentos. Ao deixar o carro na garagem dois dias por semana, o motorista pode poupar entre R$ 200 e R$ 300 a cada mês, soma que alcança R$ 3.000 em 12 meses.
Cerca de 13% dos ganhos cobrem despesas médicas. Migrar para um plano compatível com o perfil familiar reduz de 5% a 10% do custo anual. Há ganho adicional ao adotar hábitos saudáveis, que diminuem consultas e medicamentos.
Imagem: redir.folha.com.br
Lazer, comunicação e vestuário oferecem cortes rápidos. Cancelar assinaturas pouco usadas, eliminar serviços duplicados e adequar o plano de celular podem liberar de R$ 80 a R$ 150 por mês. Para um orçamento de R$ 4.000, isso significa 4% de folga.
Somando as medidas, uma família que recebe R$ 5.000 mensais consegue reservar entre R$ 400 e R$ 750 todo mês, o equivalente a até R$ 9.000 em um ano. Segundo Viriato, enxugar gastos não precisa ser sinônimo de privação, mas de redirecionamento de recursos para prioridades.