O blockchain Ethereum, que entrou em operação em 30 de julho de 2015, chega ao seu décimo aniversário nesta quarta-feira mantendo uma década de atividade ininterrupta. Para marcar a data, um levantamento destaca quais são hoje as cinco companhias de capital aberto com as maiores reservas de Ether (ETH), a segunda maior criptomoeda do mercado.
BitMine Immersion Technologies lidera a lista. A empresa de mineração de Bitcoin possui 625.000 ETH, o equivalente a 0,52% da oferta circulante. Em comunicado anterior, a companhia manifestou intenção de chegar a 5% do total de Ether existente e, na terça-feira, anunciou um programa de recompra de ações de US$ 1 bilhão para apoiar a estratégia.
Na segunda posição aparece a Sharplink, listada na Nasdaq, com 438.190 ETH em caixa. As aquisições ocorreram entre 21 e 27 de julho, somando US$ 290 milhões a um preço médio de US$ 3.756 por unidade.
A terceira colocada é a Bit Digital, com 100.603 ETH. Em 7 de julho, a companhia comunicou a adoção de uma estratégia de tesouraria focada em Ethereum, levantou US$ 172 milhões por meio de oferta pública de ações e iniciou a conversão de seu balanço, antes concentrado em Bitcoin, para Ether.
No quarto lugar está a BTCS Inc., validadora de nós na rede Ethereum, que soma 70.028 ETH. Na segunda-feira, a empresa concluiu uma emissão de notas conversíveis de US$ 10 milhões, elevando a captação total planejada para 2025 a US$ 207 milhões.
Fecha o ranking a GameSquare Holdings Inc., do setor de mídia e tecnologia, com 12.913 ETH. A companhia separou US$ 250 milhões para um programa mais amplo de gestão de tesouraria em criptomoedas.
Imagem: Trader Iniciante 2 (11)
Para Gracy Chen, CEO da corretora Bitget, a visão institucional sobre o Ether evolui rapidamente. “Com a tendência de tokenização de ativos no blockchain, o Ethereum tem vantagem competitiva para capturar grande parte desse mercado e está se tornando o próximo ativo de reserva depois do Bitcoin”, declarou.
Um relatório do Standard Chartered divulgado na terça-feira reforça essa percepção. Segundo o banco, desde junho empresas de tesouraria em cripto compraram mais de 1% da oferta circulante de Ether, ritmo superior ao observado entre firmas focadas em Bitcoin no mesmo período. O estudo projeta que, no longo prazo, essas empresas poderão deter até 10% do total de ETH existente, impulsionadas por oportunidades regulatórias e pelo retorno programável via staking e finanças descentralizadas.
O documento também observa que entradas em fundos negociados em bolsa (ETFs) de Ether nos Estados Unidos, somadas à acumulação institucional, podem ajudar a levar a cotação da criptomoeda acima dos US$ 4.000, meta de preço do banco para o fim do ano.
Com informações de Cointelegraph