Na celebração dos dez anos do lançamento da rede, desenvolvedores, executivos e pesquisadores projetam que o Ethereum pode evoluir de principal plataforma de contratos inteligentes para a infraestrutura central da economia digital até 2035.
Mallesh Pai, economista-chefe da Consensys e coautor do relatório “Ethereum is Trustware”, afirma que, nos próximos cinco a dez anos, o ecossistema deve passar a abrigar a tokenização de diversos ativos, começando por stablecoins e avançando para instrumentos de maior risco. Segundo ele, à medida que os ativos forem para on-chain, o comércio acompanhará o movimento, desde que haja contribuição contínua da comunidade e adesão de novos agentes institucionais e corporativos.
Entre as companhias que adicionaram ether (ETH) ao caixa está a GameSquare. O diretor-presidente Justin Kenna justifica a decisão dizendo que a rede “lidera pela comunidade e pela capacidade de composição” e já atua como espinha dorsal financeira e cultural da internet, sustentando pagamentos globais, gestão de ativos, identidade digital e economias de jogos.
Para Marcin Kaźmierczak, cofundador da RedStone, especializada em oráculos modulares, o Ethereum caminha para ser a camada básica das finanças institucionais e da tokenização de ativos do mundo real. Ele prevê avanços de escalabilidade via soluções de segunda camada (L2), otimizações da camada principal (L1) e a adoção de novas máquinas virtuais, tornando a experiência do usuário tão imperceptível quanto o uso atual de ferramentas de inteligência artificial.
Sam McIngvale, diretor de produto da OP Labs, empresa por trás da rede de segunda camada Optimism, acredita que “toda grande corporação estará on-chain” na próxima década. Para ele, a combinação de infraestrutura segura e flexível com maior clareza regulatória impulsionará a migração de instituições financeiras, processadoras de pagamentos e fintechs.
Imagem: Trader Iniciante 2 (9)
Nemil Dalal, responsável pela plataforma de desenvolvimento da Coinbase, destaca que a usabilidade será decisiva para novos casos de uso, como agentes de IA que negociam autonomamente, redes sociais on-chain mais ricas e jogos avançados. “O que mais me dá confiança são os builders”, disse, lembrando que a cultura de experimentação da comunidade é o motor das inovações.
Embora as visões variem nos detalhes, todas convergem na ideia de que o Ethereum deve sair da fase experimental para se tornar infraestrutura essencial de ativos reais, sistemas corporativos e interações digitais cotidianas até 2035.
Com informações de Cointelegraph