O Ethereum (ETH) voltou a renovar sua máxima histórica neste domingo, 24, ao ser negociado a US$ 4.946. O patamar supera o recorde anterior, de US$ 4.880, registrado em novembro de 2021, e eleva a capitalização de mercado do criptoativo para mais de US$ 570 bilhões, superando empresas como Netflix e Mastercard.
Segundo dados da Coingecko, o ETH acumula valorização de 75% em 2025, sendo 30% somente nos últimos sete dias. O movimento comprador ganhou força após a aprovação do Genius Act, legislação que regulamenta a emissão e as transações de stablecoins nos Estados Unidos.
A rede Ethereum abriga as duas principais criptomoedas atreladas ao dólar, Tether (USDT) e USD Coin (USDC), responsáveis por um mercado que já soma US$ 280 bilhões em capitalização e movimenta mais recursos diariamente que o Bitcoin. A clareza regulatória nos EUA estimulou aportes em ETFs de Ethereum e compras diretas por empresas que mantêm o ativo em caixa.
Os ETFs de Ethereum listados em Nova York alcançaram US$ 20 bilhões em patrimônio. O ETHA, da BlackRock, lidera com US$ 15 bilhões. Apenas em junho e julho, esses fundos registraram entrada líquida superior a US$ 5 bilhões, segundo a CoinMarketCap.
Entre as chamadas ethereum treasuries companies, os saldos em ETH somam cerca de US$ 11 bilhões. A Bitmine Immersion Technologies, maior detentora corporativa, comprou 317.000 ETH (aproximadamente US$ 1,3 bilhão) na última semana, de acordo com o site especializado The Block.
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Para Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, o ambiente regulatório mais claro favorece a entrada de investidores institucionais. Ela destaca ainda a atualização Fusaka, prevista para novembro, que deve aprimorar a escalabilidade e o desempenho da rede.
No dia 30 de junho, a blockchain completou dez anos. Relatório do Standard Chartered projeta que o preço do ETH pode alcançar US$ 7.500 até o fim de 2025, indicando que a nova legislação deve ampliar a liquidez, impulsionar o setor de finanças descentralizadas (DeFi) e elevar a demanda pelo token, já que as stablecoins respondem por 40% das taxas pagas na rede.