Estados Unidos e Austrália fecham acordo de US$ 8,5 bilhões para ampliar oferta de minerais críticos

Dificuldades e desafios18 minutos atrás6 pontos de vista

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, assinaram nesta segunda-feira, na Casa Branca, um acordo voltado à expansão da cadeia de suprimentos de terras raras e minerais críticos, setor hoje dominado pela China.

Em declaração conjunta após a primeira cúpula entre os dois líderes, Albanese informou que o plano prevê um investimento total de US$ 8,5 bilhões. Segundo cópia do documento distribuída pelo gabinete do premiê, cada país compromete-se a aplicar US$ 1 bilhão nos próximos seis meses em projetos de extração e processamento, além de estabelecer um preço mínimo de referência para esses insumos.

Trump afirmou que as iniciativas de curto prazo permitirão elevar rapidamente a produção. “Daqui a cerca de um ano, teremos tantos minerais críticos e terras raras que não saberão o que fazer com eles”, declarou.

Medidas para acelerar a produção

O acordo determina a redução de prazos de licenciamento para minas, plantas de processamento e outras instalações, com o objetivo de impulsionar a oferta. Prevê ainda cooperação bilateral em mapeamento geológico, reciclagem de minerais e ações para impedir a venda de ativos estratégicos que comprometam a segurança nacional.

A Austrália também manifestou disposição para vender cotas de sua reserva estratégica a parceiros, entre eles o Reino Unido, conforme indicou relatório da agência Reuters no mês passado.

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Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com

Dependência global da China

A iniciativa ocorre num momento em que governos ocidentais buscam diminuir a dependência chinesa. Pequim impôs recentemente controles de exportação sobre parte desses materiais, medida criticada por Washington, que a classifica como ameaça às cadeias de suprimento.

Dados do Serviço Geológico dos EUA (USGS) mostram que, em 2024, a China produziu 270 mil toneladas de terras raras e detinha reservas de 44 milhões de toneladas. No mesmo período, os Estados Unidos extraíram 45 mil toneladas e possuíam 1,9 milhão de toneladas em reservas, enquanto a Austrália produziu 13 mil toneladas e registrou 5,7 milhões de toneladas de reservas.

Com o novo pacto, Washington e Canberra pretendem fortalecer suas posições nesse mercado estratégico e reduzir riscos associados a eventuais restrições chinesas.

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