Governo dos EUA coloca prata, cobre e carvão metalúrgico entre minerais críticos

Mercado Financeiro34 minutos atrás6 pontos de vista

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O Departamento do Interior dos Estados Unidos acrescentou, nesta quinta-feira (6), cobre, prata e carvão metalúrgico à sua relação oficial de minerais críticos, documento revisado a cada três anos pelo Serviço Geológico norte-americano (USGS).

A inclusão amplia a chance de que esses materiais sejam alvo de futuras tarifas definidas pela Seção 232, mecanismo que permite impor barreiras por razões de segurança nacional. A lista também orienta quais projetos domésticos podem receber financiamento federal.

Prioridade para segurança de suprimentos

Desde o governo Donald Trump, a segurança das cadeias de abastecimento passou a ser considerada questão estratégica nos Estados Unidos, e o conceito de “mineral crítico” foi ampliado. Nesta atualização, dez novos itens entraram na relação.

Alguns já são produzidos em grande escala dentro do país, como o carvão metalúrgico e o boro. De acordo com o USGS, o boro foi adicionado após manifestações de empresas instaladas na Califórnia.

Para Gracelin Baskaran, diretora do programa de segurança de minerais do Center for Strategic and International Studies (CSIS), a lista funciona como sinalizador de prioridades do governo, facilitando o acesso a apoio público para substâncias classificadas como críticas.

Impacto sobre a prata ainda indefinido

A entrada da prata chamou atenção do mercado por ser menos esperada. Analistas avaliam que a medida é apenas o primeiro passo e não significa, automaticamente, a adoção de tarifas. Alguns códigos aduaneiros relativos ao metal já aparecem entre as isenções norte-americanas, indício de que determinados produtos podem ficar de fora de eventuais sobretaxas.

O receio de barreiras já provocou um acúmulo histórico de estoques em Nova York no mês passado e, paralelamente, escassez temporária do metal em Londres. Os Estados Unidos importam cerca de dois terços da prata que consomem, utilizada em painéis solares, eletrônicos, joias e aplicações financeiras. Em outubro, o preço ultrapassou US$ 50 por onça, impulsionado pela demanda industrial e pelo interesse de investidores.

Outros materiais adicionados

Além de cobre, prata e carvão metalúrgico, entraram na relação chumbo, fosfato, silício, urânio e rênio, este último empregado em motores a jato.

O USGS também listou substâncias com maior risco de ruptura de fornecimento, entre elas ródio, gálio, germânio, tungstênio, diversas terras raras e potássio, principalmente importado do Canadá.

Critérios oficiais

Pelo critério do USGS, um mineral é considerado crítico quando é indispensável à economia ou à segurança nacional, possui cadeia de suprimentos suscetível a interrupções e tem papel essencial em produtos cuja ausência causaria impacto significativo.

O Departamento de Energia mantém lista semelhante, hoje com 41 elementos, revisada pela última vez em 2023.

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