Tóquio – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, assinaram nesta segunda-feira (27), na manhã de terça-feira (28) pelo horário local, um acordo-quadro destinado a assegurar o abastecimento de minerais críticos e terras raras por meio de atividades de mineração e processamento, informou a Casa Branca.
O documento foi rubricado na capital japonesa durante a passagem de Trump pelo país, parte de sua viagem pela Ásia. A iniciativa busca fortalecer as cadeias de suprimento de componentes essenciais a setores como energia renovável, eletrônicos e indústria automotiva.
De acordo com Washington, os dois governos pretendem usar instrumentos de política econômica e investimentos coordenados para fomentar mercados “diversificados e justos” voltados a minerais críticos e terras raras.
Entre as medidas previstas estão a simplificação de prazos e processos de licenciamento, o enfrentamento de práticas comerciais consideradas desleais e a análise de um arranjo complementar de estoque estratégico. Também está prevista a colaboração com outros parceiros internacionais para reforçar a segurança das cadeias de suprimento.
A China é responsável por mais de 90% do processamento mundial de terras raras e, recentemente, ampliou restrições de exportação, incluindo novos elementos em listas de controle e intensificando a fiscalização sobre produtores estrangeiros que dependem de matéria-prima chinesa.
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Os Estados Unidos, por sua vez, operam apenas uma mina de terras raras e correm para assegurar insumos vitais a veículos elétricos, sistemas de defesa e manufatura avançada. Trump deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, na quinta-feira (30).
No domingo (26), representantes econômicos de Washington e Pequim delinearam os contornos de um acordo comercial que poderá ser finalizado pelos dois chefes de Estado. Segundo o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, o entendimento removeu a ameaça de tarifas de 100% sobre importações chinesas a partir de 1º de novembro. Autoridades chinesas confirmaram as conversas, mas não divulgaram detalhes.