Executivo do Google defende avanço responsável da IA e aponta prioridades em energia e segurança

Washington, D.C. – O vice-presidente de engenharia de privacidade, segurança e proteção do Google, Royal Hansen, afirmou que os Estados Unidos devem continuar avançando no desenvolvimento de inteligência artificial (IA), mas de forma responsável, em vez de reduzir o ritmo para atender a pressões de alguns parlamentares.

Em entrevista ao programa “The Sunday Briefing”, Hansen disse que “há muito potencial positivo” no uso adequado da tecnologia, citando aplicações em produção de energia, saúde e pesquisa científica. “Precisamos manter as pessoas seguras e, ao mesmo tempo, ensinar como utilizar a IA corretamente”, acrescentou.

Energia no centro das atenções

O executivo destacou o setor energético como um dos principais focos atuais. Ele mencionou a Genesis Mission, parceria que reúne empresas de tecnologia, o Departamento de Energia (DOE) e o Escritório de Política Científica e Tecnológica (OSTP) da Casa Branca. A iniciativa, assinada pelo ex-presidente Donald Trump no mês passado, pretende acelerar o uso de IA em pesquisas científicas.

“Os laboratórios nacionais contam com alguns dos melhores cientistas do planeta”, declarou Hansen. “Se pudermos combinar IA e, futuramente, computação quântica para solucionar problemas de energia, criamos um ciclo virtuoso que melhora a ciência, reduz custos energéticos e reforça a inovação norte-americana.”

Defesa cibernética já utiliza IA

Hansen também apontou a cibersegurança como campo onde a inteligência artificial já está presente de forma concreta. Segundo ele, enquanto agentes mal-intencionados recorrem à tecnologia para ampliar ataques, empresas desenvolvem ferramentas baseadas em IA capazes de proteger sistemas em grande escala.

Imagem: Taylor Penley FOXBusiness via foxbusiness.com

Alguns legisladores defendem a desaceleração do avanço da IA nos Estados Unidos, alegando riscos sociais e econômicos. Para o representante do Google, entretanto, retroceder agora significaria permitir que outros países assumam a liderança na corrida tecnológica.

Hansen reforçou que o investimento responsável – com ênfase em segurança, privacidade e transparência – é o caminho para garantir benefícios à sociedade sem comprometer a proteção de dados e a estabilidade dos sistemas críticos.