A plataforma de negociação de NFTs SuperRare sofreu, na segunda-feira (data não especificada), um exploit que desviou aproximadamente US$ 731 mil em tokens RARE, segundo a empresa de cibersegurança Cyvers.
O incidente teve origem em um erro de lógica no contrato de staking do token RARE. A função responsável por atualizar a Merkle root — estrutura que define o saldo de cada participante no programa de staking — deveria aceitar apenas endereços autorizados, mas acabou permitindo que qualquer carteira executasse a operação.
Especialistas afirmam que testes básicos teriam detectado a falha. O desenvolvedor 0xAw, líder do DEX Alien Base na rede Base, declarou que o problema era “óbvio o suficiente para ser identificado até pelo ChatGPT”. A redação verificou que o modelo O3 da OpenAI de fato apontou o bug ao ser testado.
Mike Tiutin, diretor de tecnologia da AMLBot, classificou o equívoco como “um erro simples que não foi coberto por testes”. O CEO da mesma empresa, Slava Demchuk, reforçou que auditorias e programas de recompensas por bugs poderiam ter revelado a vulnerabilidade antes da implantação.
O cofundador da SuperRare, Jonathan Perkins, informou que 61 carteiras foram afetadas, mas nenhum fundo do protocolo principal foi perdido. A companhia prometeu ressarcir integralmente os usuários prejudicados e introduziu um novo fluxo de trabalho que exige reauditorias sempre que houver alterações após a análise inicial.
Imagem: cointelegraph.com
Yehor Rudytsia, chefe de resposta a incidentes da Hacken, e um engenheiro sênior da Nexus Mutual destacaram que testes de unidade teriam capturado o defeito, já que ele inverte a lógica esperada — permitindo ações que deveriam ser bloqueadas.
Perkins acrescentou que o erro foi introduzido tardiamente no processo de desenvolvimento e não estava incluído nos cenários de teste final, o que levou à brecha de segurança.
Com informações de Cointelegraph