Washington, 1º de outubro de 2025 – O presidente do Federal Reserve de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou nesta terça-feira (1) que o banco central norte-americano utilizará fontes de informação alternativas caso uma possível paralisação do governo impeça a divulgação de indicadores econômicos essenciais antes da próxima reunião de política monetária.
O governo dos Estados Unidos pode ser fechado a partir das 0h01 de quarta-feira (2) se o Congresso não aprovar uma extensão de financiamento. A Câmara dos Representantes já aprovou uma resolução temporária, mas o processo travou no Senado, onde democratas defendem a continuidade de subsídios de saúde que expiram neste mês.
Em entrevista exclusiva à FOX Business, Goolsbee destacou que o Departamento do Trabalho, responsável pela maioria dos indicadores de emprego e inflação, suspenderá todas as publicações em caso de paralisação parcial. “O Bureau of Labor Statistics é nossa melhor fonte de dados”, declarou. “É preocupante ficarmos sem estatísticas oficiais justamente quando tentamos entender se a economia está em transição.”
A agenda do Departamento do Trabalho inclui a divulgação dos pedidos iniciais de seguro-desemprego na quinta-feira (3) e o relatório de empregos não agrícolas de setembro na sexta-feira (4). Já o índice de preços ao consumidor (CPI) de setembro está previsto para 15 de outubro.
A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) ocorrerá em 28 e 29 de outubro. Caso os dados oficiais não estejam disponíveis, o Fed pretende usar estimativas internas e indicadores de fontes privadas. Segundo Goolsbee, o Chicago Fed lançou recentemente um conjunto de indicadores do mercado de trabalho que combina 11 bases de dados – públicas e privadas – para gerar previsões em tempo real da taxa de desemprego, da contratação e de demissões.
Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com
“Se não tivermos acesso aos números oficiais, recorreremos intensamente às nossas estimativas de contratação, de cortes de pessoal e à projeção da taxa de desemprego”, afirmou o dirigente.
O Federal Reserve acompanha de perto o comportamento do emprego e da inflação para definir os próximos passos de sua política de juros.