A Figma, desenvolvedora de software de design colaborativo, iniciou sua oferta pública inicial (IPO) nesta quinta-feira (31) na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) com indicações de que as ações poderão abrir entre US$ 95 e US$ 100, valor mais que três vezes superior ao preço definido para o IPO, de US$ 33 por papel.
Com essa faixa de estreia, o valor de mercado da companhia pode chegar a aproximadamente US$ 59 bilhões, superando com folga a proposta de aquisição de US$ 20 bilhões feita pela Adobe e cancelada em dezembro de 2023 devido a entraves regulatórios.
O cofundador Dylan Field comanda a empresa desde 2012 e tornou-se presidente do conselho em abril de 2025. No processo de registro na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a Figma destacou que Field cursou dois anos e meio de matemática e ciência da computação na Universidade Brown antes de aceitar uma bolsa de US$ 100 mil da Thiel Fellowship, iniciativa do investidor Peter Thiel que exige o afastamento da universidade por, no mínimo, dois anos para dedicação integral ao projeto empresarial. Field abandonou o curso para concentrar-se na Figma.
O software da Figma é utilizado na criação de sites, aplicativos e outros produtos digitais por empresas como Netflix, Airbnb e Duolingo. Entre os investidores de capital de risco que apoiam a companhia estão Kleiner Perkins e Sequoia.
Em documento do IPO, o diretor financeiro Praveer Melwani afirmou que a rápida adoção de inteligência artificial intensifica a competição no setor de design. Segundo ele, a Figma incorporou diferentes recursos de IA para “baixar a barreira de entrada” e, ao mesmo tempo, ampliar o nível de sofisticação dos projetos.
Imagem: Eric Revell FOXBusiness via foxbusiness.com
O IPO foi coordenado por Morgan Stanley, Goldman Sachs, Allen & Co. e J.P. Morgan. Conforme a empresa, a forte procura pelos papéis deixou a operação excessivamente demandada.
Field continuará exercendo os cargos de diretor-executivo e presidente do conselho. Em comunicado, a companhia disse que sua permanência garante “expertise operacional, conhecimento do setor e continuidade” na liderança.
Com informações de Fox Business