O empresário Rowland Marcus Andrade, criador do token AML Bitcoin, foi condenado a sete anos de prisão por fraude eletrônica e lavagem de dinheiro, anunciou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos nesta terça-feira (data local não informada).
Segundo a acusação, Andrade arrecadou cerca de US$ 10 milhões com investidores e desviou pelo menos US$ 2 milhões para despesas pessoais, incluindo a compra de imóveis e veículos de luxo. O júri federal da Califórnia já havia declarado o réu culpado em março.
Os promotores afirmaram que ele enganou o público ao promover supostas parcerias e funcionalidades tecnológicas para o AML Bitcoin que não existiam. Entre as alegações falsas, estava a de que a Autoridade do Canal do Panamá aceitaria o token como forma de pagamento para navios que transitassem pela via navegável.
A pena imposta pelo tribunal ficou abaixo dos 17 anos e meio solicitados pelo governo, mas superou os dois anos defendidos pela equipe de Andrade. O início do cumprimento está marcado para 31 de outubro, seguido de três anos de liberdade supervisionada, período no qual o condenado deverá obedecer condições impostas pela Justiça, como relatórios periódicos às autoridades.
O juiz também determinou que Andrade perca ativos adquiridos com os recursos ilícitos. O valor exato a ser revertido às vítimas será definido em audiência de restituição marcada para 16 de setembro.
Imagem: Trader Iniciante 2 (15)
O caso tem ligação com o lobista Jack Abramoff, condenado em outra ação judicial. Em 2020, Abramoff foi obrigado a devolver US$ 55 mil por promover o AML Bitcoin e foi proibido permanentemente de participar de ofertas de valores mobiliários.
Um processo civil movido pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) contra Andrade permanece suspenso desde janeiro de 2021, decisão que deverá ser revisada 30 dias após o encerramento do caso criminal.
Com informações de Cointelegraph