O rali que levou o Ibovespa a registrar seu décimo quinto recorde consecutivo na terça-feira (11) também impulsiona as cotas dos fundos imobiliários. Levantamento do InfoMoney com dados do Status Invest indica que 45 dos 114 FIIs que integram o Ifix — cerca de 40% da carteira teórica — estão a menos de 3% das máximas dos últimos 12 meses.
Entre eles, dez fundos se encontram a menos de 1% de distância de seus respectivos topos de 52 semanas, e dois — Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) e AF Invest CRI (AFHI11) — cravaram novas máximas na sessão de terça.
Veja quais FIIs encabeçam a lista:
Os demais 35 fundos listados no estudo apresentam distância inferior a 3% de seus picos anuais, mantendo o índice de fundos imobiliários em trajetória semelhante à observada no mercado de ações.
O movimento coincide com a valorização do Ifix, que fechou na máxima histórica de 3.596,60 pontos na sexta-feira (7). Mesmo com leve oscilação na terça-feira, o indicador acumula avanço superior a 15% em 2026, favorecido pelo recuo da curva de juros e pelo retorno do apetite dos investidores por renda variável.
Imagem: infomoney.com.br
Especialistas afirmam que, embora muitas cotas estejam próximas dos topos, a classe ainda não parece cara. Segundo dados compilados por analistas, o Ifix continua negociado abaixo do valor patrimonial médio dos fundos. Recebíveis estão com cerca de 7% de desconto, FIIs de tijolo — que incluem escritórios e shoppings — com 15%, e os fundos de fundos (FOFs) com aproximadamente 16%.
O pano de fundo segue sendo a expectativa de início do ciclo de cortes da Selic a partir de 2026. Tradicionalmente, os fundos imobiliários antecipam o movimento, refletindo nas cotações a redução prevista nas taxas de juros.