Fundos de renda fixa isentos atraem investidores após manutenção de benefício fiscal

Estratégias de investimento3 minutos atrás6 pontos de vista

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O mercado de crédito privado brasileiro vive uma forte migração de recursos para debêntures incentivadas desde a publicação da Medida Provisória 1.303/2025, que prorrogou a isenção de Imposto de Renda para emissões feitas até 31 de dezembro deste ano. Relatório da XP Investimentos indica captação líquida superior a R$ 50 bilhões em 2025, depois do recorde de R$ 100 bilhões registrado em 2024.

Com o aumento da demanda, os prêmios encolheram. O IDEX Infra, índice que acompanha debêntures de infraestrutura, chegou a exibir spreads de –11,5 pontos-base em 2025, patamar inédito. Em alguns casos, papéis AAA passaram a remunerar menos do que títulos públicos equivalentes; ainda assim, a isenção de IR mantém o retorno líquido competitivo para a pessoa física.

Implicações apontadas pela XP

Segundo a casa de análise, o cenário provoca três efeitos imediatos:

  • Assimetria de risco: emissores de alta qualidade captam sem pagar prêmio adicional.
  • Carrego limitado: ganhos acima do CDI dependem mais da marcação a mercado que dos cupons.
  • Risco técnico elevado: a disputa por ativos escassos pode levar à reversão de preços se os spreads voltarem a abrir.

Fundo como alternativa

A XP destaca os Fundos de Renda Fixa Ativo Incentivado como opção para quem busca manter a isenção fiscal, mas quer maior flexibilidade de gestão. Nesses veículos, profissionais compram e vendem títulos conforme a movimentação da curva de juros, buscando ganhos adicionais.

Ao aplicar em um fundo, o investidor adquire cotas que refletem o desempenho da carteira. Cada produto segue política própria descrita em regulamento, onde constam objetivos, riscos e taxas.

Principais opções no mercado

Entre os fundos voltados a debêntures incentivadas, quatro se destacam pelos diferentes valores de entrada e estrutura de custos:

  • XP Juros Ativos CDI Debentures Incentivadas
    • Aporte inicial: R$ 1.000
    • Aplicação e resgate: D+0 e D+30 (corridos)
    • Taxa de administração: 1,00% ao ano
    • Taxa de performance: 20%
  • Novus RF Isento FIC FI Infraestrutura
    • Aporte inicial: R$ 500
    • Aplicação e resgate: D+0 e D+30 (úteis)
    • Taxa de administração: 0,98% ao ano
    • Taxa de performance: 25%
  • Occam Infra Ativo 30 FIC FIF RF Investimento Infra CP RL
    • Aporte inicial: R$ 500
    • Aplicação e resgate: D+0 e D+30 (corridos)
    • Taxa de administração: 1,30% ao ano
    • Taxa de performance: não há
  • Legacy Capital Compound FIF DEB Infra CDI Ativo
    • Aporte inicial: R$ 100
    • Aplicação e resgate: D+0 e D+29 (corridos)
    • Taxa de administração: 1,00% ao ano
    • Taxa de performance: 25%

Fatores a considerar

Além das taxas de administração e performance, fundos podem cobrar custos de saída e estão sujeitos a IOF em resgates até 30 dias. Não existe cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Entre os principais riscos estão:

  • Crédito: inadimplência dos emissores.
  • Mercado: oscilações de preços diante de mudanças na economia.
  • Liquidez: dificuldade de vender ativos pouco negociados.

Antes de investir, especialistas recomendam a leitura do regulamento e do prospecto de cada fundo, documentos disponíveis nos canais oficiais das gestoras.

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