Um documento que circula entre clientes da Fundstrat Global Advisors projeta uma queda expressiva no mercado de criptomoedas no primeiro semestre de 2026, em contraste com as recentes apostas otimistas do sócio-fundador da casa, Tom Lee.
Capturas de tela divulgadas na plataforma X indicam que o relatório interno, supostamente elaborado por Sean Farrell, chefe de estratégia de ativos digitais da Fundstrat, estabelece as seguintes faixas de recuo:
Segundo o material, esses níveis poderiam representar oportunidades de compra mais adiante, ainda em 2026.
O documento não foi publicado oficialmente pela Fundstrat, e sua veracidade não havia sido confirmada de forma independente até a última atualização desta reportagem. Perfis especializados em criptoativos, como o Wu Blockchain, afirmam que o texto foi distribuído a clientes institucionais.
As projeções contrastam com o discurso de Tom Lee, sócio-gerente e chefe de pesquisa da Fundstrat, durante o Binance Blockchain Week, em Dubai, no início de dezembro. No evento, Lee declarou que o Bitcoin pode atingir US$ 250.000 em poucos meses e classificou o Ether, cotado em torno de US$ 3.000, como “extremamente subvalorizado”.
Imagem: cointelegraph.com
Em sua apresentação, Lee apontou que, se o ETH voltasse à média de oito anos em relação ao BTC, o preço poderia chegar a US$ 12.000. A retomada dos níveis relativos de 2021 sugeriria valores perto de US$ 22.000, enquanto uma razão ETH/BTC de 0,25 implicaria cotações acima de US$ 60.000.
Apesar do enfraquecimento recente do mercado, a empresa de Lee, BitMine, continua reforçando sua posição em Ether. Em comunicado de 8 de dezembro, a companhia informou possuir quase 3,9 milhões de ETH, depois de comprar mais de 138.000 unidades em apenas uma semana. O montante representa cerca de 3,2% da oferta total da criptomoeda.
A reportagem procurou a Fundstrat para comentar o relatório que circula, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.